segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Conheça um pouco mais da Congregação Estigmatina.


Vocação:
"Colaboração e Empenho da Igreja" São Gaspar Bertoni

Se você sente em seu coração um chamado ao serviço total e incondicional ao Reino, vivendo em santidade com alegriae expontaneidade, venha despertar, discernir, cultivar e ser acompanhado para amadurecer este desejo de seu coração.


A Congregação dos Estigmatinos é formada por Religiosos - Padres e Irmãos. Eles existem na Igreja para serem missionários apostólicos a serviço dos bispos, como pregadores da Palavra de Deus, junto à juventude, às comunidades eclesiáis e às escolas.

Centro Estigmatino de Pastoral - CEP Secretariado Vocacional Rua Itamariti, nº 72 - Bairro Piratininga CEP: 31.573-370 - Belo Horizonte - MGTelefax: 31 3496 9597 e-mail: pastoralvocacional@estigmatinos.org.br
Mande um e-mail aqui


(Mais informações em:http://www.provinciasaojose.org.br/)

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

A Sabedoria Divina


Esse texto é retirado da Bíblia, e me acredito que seja um dos mais belos deste grande livro:

Sabedoria 7, 22 – 8, 1"A Sabedoria é o esplendor da luz eterna, espelho puríssimo da actividade de Deus."



Na Sabedoria há um espírito inteligente, santo, único, multiforme, subtil, veloz, perspicaz, sem mancha; um espírito lúcido, inalterável, amigo do bem; penetrante, irreprimível, benfazejo, amigo dos homens; firme, seguro, sereno; ele tudo pode, tudo abrange e penetra todos os espíritos, os mais inteligentes, mais puros e mais sutis.

A Sabedoria é mais ágil que todo o movimento, atravessa e penetra tudo, graças à sua pureza. Ela é um sopro do poder de Deus, emanação pura da glória do Omnipotente; por isso nenhuma impureza a pode atingir.

Ela é o esplendor da luz eterna, espelho puríssimo da actividade de Deus, imagem da sua bondade. Sendo única, ela tudo pode e, imutável em si mesma, tudo renova.

Ela comunica-se de geração em geração pelas almas santas e forma os amigos de Deus e os profetas, pois Deus só ama quem habita com a Sabedoria.

Ela é mais formosa do que o sol e supera todas as constelações.

Comparada com a luz, aparece mais excelente, porque à luz sucede a noite, mas a maldade nada pode contra a Sabedoria.

Estende o seu vigor dum extremo ao outro da terra e tudo governa com harmonia.



A todos a paz, e um excelente final de semana.

O Evangelho de Domingo: Jesus Cristo, Rei do Universo



Chegamos ao fim de mais um ano litúrgio.. No domingo do dia 06/12/2009 entraremos no Ano "C", o ano do Evangelista São Lucas. Também no dia 06/12 inciaremos a caminhada do Advento, em preparação ao Natal do Senhor.




Estamos no XXXIV Domingo do Tempo Comum:


Evangelho (Mc 13, 24-32)


Naquele tempo,disse Jesus aos seus discípulos:


"Naqueles dias, depois de uma grande aflição,o sol escurecerá e a lua não dará a sua claridade;as estrelas cairão do céue as forças que há nos céus serão abaladas.


Então, hão-de ver o Filho do homem vir sobre as nuvens,com grande poder e glória.


Ele mandará os Anjos, para reunir os seus eleitos dos quatro pontos cardeais, da extremidade da terra à extremidade do céu.


Aprendei a parábola da figueira: quando os seus ramos ficam tenros e brotam as folhas,sabeis que o Verão está próximo.


Assim também, quando virdes acontecer estas coisas,sabei que o Filho do homem está perto, está mesmo à porta.


Em verdade vos digo: Não passará esta geração sem que tudo isto aconteça.


Passará o céu e a terra,mas as minhas palavras não passarão.


Quanto a esse dia e a essa hora, ninguém os conhece: nem os Anjos do Céu, nem o Filho;só o Pai".






Reflexão (por Frei Floriano Surian, ofm)


Estamos no fim do ano litúrgico ou da Igreja.
A liturgia deste domingo nos propõe uma reflexão sobre o fim do mundo e do homem. Jesus aparecerá em toda a sua glória. A certeza desta vinda de Jesus glorioso deve ser consolo e apoio para superar as dificuldades presentes.
Ao deixar este mundo, a criatura que creu no Senhor Jesus vê o Cristo abrir a porta da eternidade e vir-lhe ao encontro na plenitude da divindade e da misericórdia.
O fim do mundo acontece para cada um na hora da morte. Para quem morre tudo o que significava poder, posses, honrarias e glórias neste mundo, perde seu valor. É o distanciamento total dos bens temporais. Jesus ensina aos seus discípulos e a nós também, como viver os acontecimentos do nosso dia a dia, na perspectiva de sua vinda gloriosa no fim dos tempos, na hora de nossa morte.
Diz Jesus: “Aprendei, pois, a parábola da figueira. Quando o seu ramo se torna tenro e as folhas começam a brotar, sabeis que o verão está próximo. Da mesma forma, também vós, quando virdes estas coisas acontecerem, sabei que Ele está próximo, às portas” (v.28-29).
Importa estar atento e vigilante, preparado para o Dia do Senhor. A vigilante perseverança do cristão é todo um programa de vida.
Afirma Jesus: “Passará o céu e a terra. Minhas palavras, porém, não passarão” (v. 31). E adverte: “Atenção, e vigiai, pois não sabeis quando será o momento” (v. 33).
Deus é o Senhor do Tempo, da Hora e da História. A vinda de Deus ao mundo, em Jesus Cristo, constitúi o evento decisivo que inaugurou a História da Salvação. Ele é o princípio e o Fim. Nele reside tudo o que espera o Homem, seja no fim do mundo, seja no término da vida mortal do Homem.
Cristo Ressuscitado desvela ao Homem a realidade que o espera. “O dia e a hora só Deus - o Pai - o sabe” (v. 32). A realidade, a manifestação plena da glória de Jesus na Parusia, ou no fim dos tempos, está muito além do que a nossa mente é capaz de imaginar: “O que os olhos não viram, os ouvidos não ouviram e o coração do homem não percebeu, isso Deus preparou para aqueles que o amam” (1Cor 2,9).
Tentar descrever o que está por vir destruiria a nossa esperança cristã, reduziria ao nível do nosso horizonte, meramente mundano, o que vai além de toda imaginação.
* Pai amado, “criaste-me para ti e inquieto está o meu coração enquanto não repousar em ti” (Sto. Agostinho).

AMÉM. ASSIM SEJA.


NIHIL SINE DEO - Nada sem Deus.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Dedicação das Basílicas de São Pedro e São Paulo


Hoje, celebramos a Dedicação das Basílicas de São Pedro e de São Paulo de Fora dos Muros.
Conheçamos um pouco da história dessas duas importantes igrejas:



A Basílica de São Pedro


A Basílica Constantina


Fachada da Basílica Constantina


O Imperador Constantino entre 326 e 333 d.C. ordenou a construção da "Antiga" Basilica de São Pedro, sobre o templo simples dedicado ao apóstolo, desta basílica nada restou atualmente, porém ela pode ser quase totalmente reconstruída por descobertas arqueológicas, descrições de peregrinos e desenhos antigos. Como em quase todas as igrejas da antiguidade, seguiu-se o modelo da basilica cívica romana: um salão retangular, dividido em nave central e naves laterais, que oferecia espaço bastante para a congregação dos fiéis.

A basílica atual, com estrutura renascentista e barroca, foi erguida sobre a antiga, o que exigiu que o edifício fosse orientado para oeste, mas também que a necrópole antiga fosse aterrada, sendo construídas muralhas de suporte para criar uma enorme base que servisse como alicerce. Na plataforma, construiu-se então a basílica, com nave central e quatro naves laterais, ricamente adornada com afrescos e mosaicos e um grande átrio dianteiro com colunas. Muitas vezes alterado e restaurado, o edifício de Constantino, conhecido como velha igreja de São Pedro, sobreviveu até o início do século XVI.


A Basílica do século XVI


Vista Noturna da Basílica


No pontificado de Júlio II (1503 a 1513) decidiu-se afinal derrubar a igreja velha e em 18 de abril de 1506 Bramante recebeu o encargo de desenhar a nova basílica. Seus planos eram de um edifício centralmente planificado, com um domo colocado sobre o centro de uma cruz grega (com braços de idêntico tamanho), forma que correspondia aos ideais da Renascença por copiar a de um mausoléu da antiguidade.
Uma sucessão de papas e arquitetos nos 120 anos seguintes participariam da construção que culminou no edifício atual. Iniciada por Júlio II, continuando nos pontificados de Leão X (1513-1521), Adriano VI (1522-1523), Clemente VII (1523-1534), Paulo III (1534-1549), Júlio III (1550-1555), Marcelo II (1555), Paulo IV (1555-1559), Pio IV (1559-1565), São Pio V (1565-1572), Gregório XIII (1572-1585), Sixto V (1585-1590), Urbano VII (1590), Gregório XIV (1590-1591), Inocêncio IX (1591), Clemente VIII (1592-1605), Leão XI (1605), Paulo V (1605-1621), Gregório XV (1621-1623), Urbano VIII (1623-1644) e Inocêncio X (1644-1655).




Praça de São Pedro



Vista da Praça de São Pedro


Localizada a leste da Basílica de São Pedro, a Piazza di San Pietro foi construído pelo próprio Bernini entre 1656 e 1667. Bernini concluiu a fachada atual da basílica que situa-se diretamente a frente da praça. No centro da praça, Domenico Fontana ergueu o Obelisco do Vaticano que data do século I d.C.

A Basílica de São Pedro é a que em Roma representa o Patriarcado de Constantinopla (atual Istambul). Escavações realizadas na década de 1950 comprovaram que nela se encontra o túmulo do primeiro Papa da Igreja: São Pedro.


A Basílica de São Paulo de Fora dos Muros


Vista da Basílica de São Paulo de Fora dos Muros

Localização

A Basílica de São Paulo de Fora dos Muros localiza-se ao longo da Via Ostiense, próximo à margem esquerda do Tibre e a aproximadamente 2 km da Muralha Aureliana, saindo pela Porta São Paulo, resultando o nome: fuori le mura (fora do muros, extramuros).
No local onde foi erguida a basílica, reza a tradição, é onde o apóstolo Paulo, ao qual é dedicada a igreja, foi sepultado e o túmulo do santo se encontra debaixo do altar maior. Por esta razão houve, ao longo dos séculos, um grande movimento de peregrinação.
A construção que tem 131,66 m de comprimento, largura 65 m e altura 29,70 m, é imponente e representa pela grandeza a segunda dentre as quatro basílicas patriarcais de Roma. A atual basílica é uma reconstrução do século XVIII da antiga basílica paleocristã do tempo de Constantino.


Túmulo de São Paulo


Estátua de São Paulo


Desde 2002 foram efectuadas escavações arqueológicas na basílica que em 2006 encontraram um túmulo de baixo do altar-mor da basílica.
O túmulo - que já em 390 se acreditava ser de São Paulo - tem inscrita a frase "Paulo Apostol o Mart" (Paulo, apóstolo mártir), apresenta uma abertura e foi encontrado entre os dois templos que foram construídos um sobre o outro.
A sepultura do apóstolo deverá ser exposta na Basílica. O Papa Bento XVI autorizou o estudo científico do achado. Apesar de não ter sido aberto, foi feito um pequeno orifício e as investigações feitas com recurso a uma microcâmara, que recolheu várias partículas e fragmentos, confirmam que tratar-se de um túmulo datado dos séculos I e II.
O exame do carbono 14 a fragmentos de osso confirmou que se trata de uma pessoa que viveu entre o século I e II, tendo o papa referido que "isso parece confirmar a tradição unânime e incontestável de que se trata dos restos mortais do Apóstolo Paulo".


Vista Frontal da Basílica


A Basílica de São Paulo de Fora dos Muros é a segunda maior igreja de Roma, só perdendo para a Basílica de São Pedro. Ela é a que representa o Patriarcado de Alexandria em Roma.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Ser obediente a Deus:


Recebi essa história e resolvi postá-la:


Eram aproximadamente 22:00 horas quando um jovem começou a se dirigir para casa. Sentado no seu carro, ele começou a pedir: - 'Deus! Se ainda falas com as pessoas, fale comigo. Eu irei ouvi-lo. Farei tudo para obdecê-lo'.

Enquanto dirigia pela rua principal da cidade, ele teve um pensamento muito estranho: - 'Pare e compre um galão de leite'.

Ele balançou a cabeça e falou alto: - 'Deus? É o Senhor?'.

Ele não obteve resposta e continuou dirigindo-se para casa. Porém, novamente, surgiu o pensamento: - 'Compre um galão de leite'.

'Muito bem, Deus! No caso de ser o Senhor, eu comprarei o leite'. Isso não parece ser um teste de obediência muito difícil...Ele poderia também usar o leite.

O jovem parou, comprou o leite e reiniciou o caminho de casa. Quando ele passava pela sétima rua, novamente ele sentiu um pedido: - 'Vire naquela rua'. Isso é loucura... - pensou e, passou direto pelo retorno.

Novamente ele sentiu que deveria ter virado na sétima rua.. No retorno seguinte, ele virou e dirigiu-se pela sétima rua. Meio brincalão ele falou alto - 'Muito bem, Deus. Eu farei'. Ele passou por algumas quadras quando de repente sentiu que devia parar. Ele brecou e olhou em volta. Era uma área mista de comércio e residência.

Não era a melhor área, mas também não era a pior da vizinhança. Os estabelecimentos estavam fechados e a maioria das casas estavam escuras, como se as pessoas já tivessem ido dormir, exceto uma do outro lado que estava acesa.

Novamente, ele sentiu algo: - 'Vá e dê o leite para as pessoas que estão naquela casa do outro lado da rua'. O jovem olhou a casa. Ele começou a abrir a porta mas voltou a sentar-se. -' Senhor, isso é loucura.

Como posso ir para uma casa estranha no meio da noite?'. Mais uma vez, ele sentiu que deveria ir e dar o leite. Finalmente,ele abriu a porta... - ' Muito Bem, Deus, se é o Senhor, eu irei e entregarei o leite àquelas pessoas.

Se o Senhor quer que eu pareça uma pessoa louca, muito bem. Eu quero ser obediente. Acho que isso vai contar para alguma coisa, contudo, se eles não responderem imediatamente, eu vou embora daqui'.

Ele atravessou a rua e tocou a campainha. Ele pôde ouvir um barulho vindo de dentro, parecido com o choro de uma criança. A voz de um homem soou alto: - 'Quem está aí? O que você quer?' A porta abriu-se antes que o jovem pudesse fugir.

Em pé, estava um homem vestido de jeans e camiseta.

Ele tinha um olhar estranho e não parecia feliz em ver um desconhecido em pe na sua soleira. - 'O que é?'. O jovem entregou-lhe o galão de leite. - 'Comprei isto para vocês'.

O homem pegou o leite e correu para dentro falando alto.

Depois, uma mulher passou pelo corredor carregando o leite e foi para a cozinha. O homem a seguia segurando nos braços uma criança que chorava.

Lágrimas corriam pela face do homem e, ele começou a falar, meio soluçando: - 'Nós rezamos... Tínhamos muitas contas para pagar este mês e o nosso dinheiro havia acabado. Não tínhamos mais leite para o nosso bebê. Apenas rezei e pedi a Deus que me mostrasse uma maneira de conseguir leite.

Sua esposa gritou lá da cozinha: - 'Pedi a Deus para mandar um anjo com um pouco de leite... Você é um anjo?'

O jovem pegou a sua carteira e tirou todo dinheiro que havia nela e colocou-o na mão do homem.. Ele voltou-se e foi para o carro, enquanto as lágrimas corriam pela sua face...

Ele teve certeza que Deus ainda responde aos verdadeiros pedidos.



Deus também te chama para ser um anjo para as outras pessoas.

sábado, 14 de novembro de 2009

O evangelho do Domingo



Nesse domingo, a Igreja celebra o 33º Domingo do Tempo Comum (o penúltimo do ano litúrgico "B"). Continuamos meditando os textos de São Marcos. O deste domingo se encontra em: Marcos 13, 24-32.


Vamos ao Evangelho:


Naquele tempo, Jesus disse a seus discípulos: "Naqueles dias, depois da grande tribulação, o sol vai escurecer, e a lua não brilhará mais, as estrelas começarão a cair do céu e as forças do céu serão abaladas. Então vereis o Filho do Homem vindo nas nuvens com grande poder de glória. Ele enviará os anjos aos quatro cantos da terra e reunirá os eleitos de Deus, de uma extremidade à outra da terra.Aprendei, pois, da figueira esta parábola: quando seus ramos ficam verdes e as folhas começam a brotar, sabeis que o verão está perto. Assim também, quando virdes acontecer essas coisas, ficai sabendo que o Filho do Homem está próximo, às portas.Em verdade vos digo, esta geração não passará até que tudo isto aconteça. O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não passarão. Quanto àquele dia e hora, ninguém sabe, nem os anjos do céu, nem o Filho, mas somente o Pai".



Reflexão do Evangelho

O texto de domingo nos apresenta diversas dificuldades de interpretação, pois está saturado com conceitos apocalípticos, referências veladas à possíveis eventos históricos, e referências tiradas de escritos do tempo do Antigo Testamento, muitas das quais desconhecidas para nós. Porém, a sua mensagem central fica clara – o triunfo final do Filho do Homem, mandando por Deus para estabelecer o seu Reino. A linguagem vetero-testamentário de sinais cósmicos, a figura do Filho do Homem e a reunião dos eleitos de Deus são unidas num contexto novo, em que a vinda escatalógica de Jesus como Filho do Homem se torna o evento central. A sua vinda gloriosa no fim dos tempos servirá como prova da vitória de Deus – e a expectativa desta chegada serve como base da vigilância paciente que é recomendada aos discípulos ao longo de todo o Discurso Escatalógico de Marcos.


Os sinais cósmicos que antecederão o fim fazem referência a textos do Antigo Testamento: Is 13, 10, Ez 32,7; Am 8,9; Jl 2,10.31; 3,1`5; Is 34,4; Ag 2,6.21; Mas em nenhum lugar no Antigo Testamento se referem à vinda do Filho do Homem – é uma novidade do evangelho. A lista desses sinais é uma maneira de dizer que toda a citação assinalará a sua vinda final. A descrição da chegada do Filho do Homem, rodeado das nuvens, é tirada do livro de Daniel 7,13, mas aqui se refere claramente a Jesus e não à figura angélica “em forma humana” do livro apocalíptico de Daniel. A ação de Jesus em reunir os eleitos é o oposto de Zc 2,10. Este reunir-se dos eleitos do seu povo por parte de Deus se encontra em Dt 30,4; Is 11,11.16; 27,12. Ez 39,7 etc. – mas nunca no Antigo Testamento é o Filho do Homem que faz esse trabalho.


A segunda parte do texto consiste numa parábola (vv. 28-29), um ditado sobre a hora do fim (v 30), sobre a autoridade de Jesus ( v. 31) e de novo sobre a hora (v 32). Nem sempre fica claro a que se refere – o que se fala sobre essas coisas” acontecerem “nessa geração” tem como contrabalanço o v. 32 que diz que somente Deus sabe a hora exata. A parábola sobre os sinais claros da chegada do fim (vv. 28-29) tem em contraposição a parábola da vigilância constante (vv. 33-37). Mas continua clara a mensagem básica – a vitória final do projeto de Deus, concretizada através de Jesus, o Filho do Homem. Mas a certeza dessa vitória não dispensa a atitude de vigilância constante por parte dos discípulos, para que não se desviem do caminho.


Pode parecer confuso o nosso texto – e para nós hoje, duma certa forma o é. Mas, inserido no contexto do Discurso Escatalógico (referente aos tempos finais) do Evangelho, nos traz uma mensagem de esperança e uma advertência. A esperança nasce do fato de que a vitoria de Deus é garantida – um elemento fundamental em todo apocaliptismo. A advertência está na necessidade de vigilância constante, para que não percamos a hora do Filho. Num mundo de desesperança e falta de ânimo por parte de muitos, o texto convida nós, os discípulos, à uma atitude positiva que nos leva a um engajamento maior em prol da construção do Reino entre nós. Mas também nos desafia para que estejamos sempre vigilantes para não sermos cooptados pela sociedade vigente, opressora e consumista, que muitas vezes se baseia em princípios contrários aos do Reino de Deus. As palavras de Jesus têm um valor permanente, para que possamos julgar as diversas propostas de vida que o mundo nos apresenta. “O céu a terra passarão, mas as minhas palavras não passarão”.
Pe. Tomaz Hughes - SVD

As massas excluídas do Magnificat



Enquanto as massas pobres e oprimidas clamam por justiça, as massas excluídas clamam por vida. Estas pessoas apresentam três traços que desafiam nossa profissão de fé em Jesus Cristo.




Em primeiro lugar, as pessoas que se sentem rejeitadas e nãoqueridas. Por isso sofrem com tal sentimento. Em segundo lugar, essas pessoas não gostam de soluções violentas, apressadas; não participam de manifestações em praças públicas, onde se expõe a verdade nua e crua como ela é. Finalmente, as pessoas excluídas encontram na religião a melhor solução. Para elas, Deus não é mistério, é evidência; não é enigma, é luz. São pessoas carregadas de paciência histórica; cobertas de confiança na justiça imanente da vida; sonhadoras, porque esperam o dia em que "lavarão sua alma" de todas as tribulações; e aguardam a manifestação plena da vida com sentido de Vida plena. Maria, com seu canto e com sua poesia, entra de cheio na vida dessas pessoas quando proclama: As pessoas humildes são exaltadas! Elas não ousam diante dos desafios, nem arriscam diante do perigo de perder a parada, pois elas têm consciência de que, no enfrentamento de forças, perdem e saem apanhando como sempre. "A corda arrebenta do lado mais fraco". São exaltadas porque detêm o segredo da vida, que não está em mãos humanas, mas pertence a Deus, Senhor da vida.



IR. LINA BOFF (Revista de Aparecida de Novembro).

sábado, 7 de novembro de 2009

O Evangelho de Domingo


Amanhã a Igreja medita o 32º Domingo do Tempo Comum.
Como estamos no ano B, meditamos o Evangelho de São Marcos.
A passagem do Evangelho que a Igreja nos propõem está em Marcos 12,38-44.
Segue o trecho do Evangelho que iremos meditar amanhã:


Naquele tempo, Jesus dizia, no seu ensinamento a uma
grande multidão: “Tomai cuidado com os doutores da
Lei! Eles gostam de andar com roupas vistosas, de ser
cumprimentados nas praças públicas; gostam das
primeiras cadeiras nas sinagogas e dos melhores lugares
nos banquetes. Eles devoram as casas das viúvas,
fingindo fazer longas orações. Por isso, eles receberão a
pior condenação”. Jesus estava sentando no Templo,
diante do cofre das esmolas, e observava como a
multidão depositava suas moedas no cofre. Muitos ricos
depositavam grandes quantias. Então chegou uma pobre
viúva que deu duas pequenas moedas, que não valiam
quase nada. Jesus chamou os discípulos e disse: “Em
verdade vos digo, esta pobre viúva deu mais do que todos
os outros que ofereceram esmolas. Todos deram do que
tinham de sobra, enquanto ela, na sua pobreza, ofereceu
tudo aquilo que possuía para viver”.




Meditemos esse texto:
A mesma temática da 1ª leitura é desdobrada no Evangelho, quando Jesus enfatiza a generosidade de quem é pobre, seu senso de partilha e sua disponibilidade para ajudar. Jesus acentua que os ricos deram do que lhes sobrava, ao passo que a viúva deu tudo o que tinha. Aquela mulher não conhecera Jesus nem ouvira seus ensinamentos. Não o tinha acompanhado nem seguido durante três anos como acontecera com os apóstolos e com várias mulheres. Isto vale para todos aqueles que, embora sem conhecer o Evangelho, vivem o Reino de Deus. Por isso não podemos nem devemos ser preconceituosos com aqueles que não frequentam a igreja nem julgá-los desfavoravelmente por isso. Finalmente será que nos será possível imitar aquela viúva que doou tudo o que tinha? E nossa família como fica? Cada um de nós deve trabalhar com dignidade para sustentar a própria família, mas deve proceder de forma a sentir-se responsável também pela vida dos outros, necessitados de nossa ajuda. Quantas vezes, sob pretexto de nos preocuparmos com o sustento da família, escondemos nosso egoísmo não?


Para revisão de vida:
Por acaso, estou enriquecendo à custa de oprimir os outros? Por exemplo, pago minha empregada com salário justo, assino sua carteira de trabalho e pago seu INSS? Se tenho empregados, trato-os com humanidade ou como escravos? Antes de celebrar a missa e comungar o Corpo do Senhor, reconcilio-me com aqueles a quem ofendi? Sob pretexto de sustentar primeiro os meus, fecho meu coração à miséria em torno de mim?

Reflexão elaborada por Adelino Dias Coelho (disponível em:

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

O Estado é laico? Graças a Deus! É laicista? Deus nos livre!



A distinção é importante para as relações do Estado com a Religião. Laicidade é o princípio da autonomia da esfera secular frente à esfera religiosa. No arranjo social o Estado é laico. Ou seja, não é confessional, não adota nenhuma religião e protege todas. Respeita a liberdade de crença. Assegura o livre exercício público do culto e o espaço social de suas atividades caritativas.


Já o laicismo subverte o princípio da laicidade. É uma posição ideológica do materialismo. Tem preconceito contra a presença e influência dos valores religiosos nas leis, na cultura, nos problemas morais e éticos da política, da economia e da ciência. Exclui a visão de fé cristã sobre o homem, a história, o mundo, a vida. No Brasil o Estado laico mantém relações indispensáveis com o espírito religioso (cristão) que presidiu sua origem, sua formação histórico-cultural e as aspirações religiosas dominantes da sua população. Estado laico não é estado ateu ou pagão. O povo não é ‘laico’.


Na proclamação da Repúblicao Brasil deixou de ser oficialmente católico. Isso não significou ruptura e negação dos valores cristãos inerentes à sua História, subsistentes na consciência individual e coletiva do povo.


Pe. Clayton Sant'Anna, C.Ss.R.
Revista de Aparecida

Novembro de 2009.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Campanha dos Devotos de Nossa Senhora Aparecida...


Acolher bem também é evangelizar.



Participe desta Obra de Amor!!!

A Campanha dos Devotos é a principal responsável pela manutenção das Obras de melhoria no Santuário Nacional, além de manter os vários projetos sociais e de comunicação mantidos pelo Santuário.
Sua colaboração sempre será espontânea (você doa o que puder), e em retribuição, todos os meses em sua casa virá a Revista de Aparecida trazendo informações sobre como vão as Obras do Santuário; formação, notícias da Igreja, reflexõs diárias sobre o Evangelho do dia e muito mais.
Além disso seu nome e o de sua família serão inscritos perpetuamente no livro dos devotos, que fica sob o altar da Basília Menor do Santuário de Aparecida.


Campanha dos Devotos: uma família que reza e realiza.

Mais informações no site:http://www.santuarionacional.com/v2/index.php?T=Histórico-e-Missão&S=17&C=211

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

O Brasão da Congregação dos Estigmatinos


O Brasão Estigmatino


O Azul do alto significa a Fé, cuja Força a Congregação pretende atingir para levar seus membros à Santidade.

As Cinco estrelas em cruz representam os Sagrados Estigmas de Nosso Senhor Jesus Cristo (Estigmatinos).

O Vermelho da parte inferior significa a Caridade, com a qual os Estigmatinos, educadores e missionários, se propõem dominar os corações e conquistar o próximo para Cristo.

Os Dois Lírios naturais, unidos pelo lema da Congregação "Euntes Docete" (Ide, Ensinai) representam os Santos Esposos Maria e José, Patronos da Congregação.

A faixa prateada que divide o escudo significa a Concórdia que, pela Inocência da vida e pela Pureza das intenções, dará aos filhos de Bertoni a Alegria da Vitória.

O escudo é cercado por ramos de oliveira, símbolo da Paz que os membros da Congregação se esforçam por incutir nas consciências, nas famílias, na sociedade.


(Nota: O idealizador e primeiro autor do Brasão, aprovado por um insigne membro da Consultadoria heráldica de Roma é o Prof. Pe. José Trecca de Verona. Mais tarde foi um pouco modificado por um dos nossos ex-alunos do Colégio de Udine, o Prof. Carlos Someda de Marco).

4 de Novembro: 193º Aniversário de Fundação da Congregação dos Sagrados Estigmas de Nosso Senhor Jesus Cristo

(Igreja, Casa Madre e Escola dos Estigmas)

Hoje, 04 de Novembro de 2009 celebra-se o 193º aniversário de fundação da Congregação dos Sagrados Estigmas de Nosso Senhor Jesus Cristo.



Vejamos um breve histórico da Congregação:

No dia 4 de novembro de 1816 Pe. Gaspar Bertoni entrou com dois companheiros no conjunto dos Estigmas, em Verona, Itália, prédio que lhe fora destinado a servir de escola. E, além de escola, foi também o berço da congregação que ele estava fundando.




Oração: Ó Pai, que suscitastes na Igreja famílias religiosas a fim de que a diversidade dos carismas revelasse a riqueza dos vossos dons; assisti nossa Congregação para que, fiel ao espírito do Fundador, coopere com entusiasmo na edificação do Vosso Reino. Por Cristo, nosso Senhor. Amém.