quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Que venha 2010...


Mais um ano chega ao final.

2009 certamente deixará saudades para muitos. Para outros ele irá tarde.

Apesar dos pesares, considero que 2009 deixou um saldo positivo, foi de fato um excelente ano de vida que o Senhor Deus nos concedeu.

2010 promete em todos os sentidos: no próximo ano eu me mudo para o seminário Estigmatino de São José, em Goiânia-GO.

Também a qualidade das postagens e a diversidade dos temas tratados nesse blog certamente serão melhores que em 2009 (ano em que abri meu blog).

Enfim, 2010 será para todos um grande ano, é o que de coração desejo a todos (as).


Minha última postagem desse ano será um texto de Mario Quintana, que bem nos motivará a refletir, sobretudo nesse tempo em que comemoramos o Nascimento do Menino Deus.


Gostaria de aproveitar o clima de reflexão que todo final de ano trás a nós para refletirmos sobre nossas pequenas deficiências, que podem provocar grandes obstáculos durante todo um ano de vida, todo um ano de trabalho ...

“Deficiente” é aquele que não consegue modificar a sua vida, aceitando as imposições de outras pessoas ou da sociedade em que vive, sem ter consciência de que é dono do seu destino.

“Louco” é quem não procura ser feliz com o que possui.

“Cego” é aquele que não vê seu próximo morrer de frio, de fome, de miséria, e só tem olhos para seus míseros problemas e pequenas dores.

“Surdo” é aquele que não tem tempo de ouvir um desabafo de um amigo, ou o apelo de um irmão. Pois está sempre apressado para o trabalho e quer garantir seus tostões no fim do mês.

“Mudo” é aquele que não consegue falar o que sente e se esconde por trás da máscara da hipocrisia.

“Paralítico” é quem não consegue andar na direção daqueles que precisam de sua ajuda.

“Diabético” é quem não consegue ser doce.

“Anão” é quem não sabe deixar o amor crescer. E, finalmente, a pior das deficiências é ser miserável, pois:

“Miseráveis” são todos que não conseguem falar com Deus.

Mário Quintana (30/07/1906-05/05/1994) / Fernanda Antunes – Deficiências.


Que esse Natal seja abençoado em todos os sentidos.

Apesar das dificuldades e obstáculos da vida, saiba que Deus assumiu nossa condição humana, nasceu, viveu e morreu por nós, para nos salvar e para dizer que sempre estará conosco não importa por qual caminho andemos.

Lembre-se sempre que por maior que seja escuridão sempre haverá um lado em que brilhe a luz.



A todos muita paz, saúde, realizações e amor.

E que venha 2010!!!

sábado, 12 de dezembro de 2009

Santa Luzia, rogai por nós...


Santa Luzia - Protetora dos olhos e da visão


Santa Luzia pertencia a uma rica familia de Siracusa, na Itália, tendo recebido ótima formação cristã, ao ponto de Luzia ter feito um voto de viver virgindade perpétua. Com a morte do pai, Luzia soube que sua mãe a queria casada com um jovem de distinta família, porém pagão.
Nessa ocasião, sua mãe adoece gravemente e Luzia, que era devota de Santa Águeda, leva sua mãe à tumba da santa. Milagrosamente, sua mãe recupera a saúde e acaba concordando que a filha seguisse a vida que escolhera, consentindo também, que distribuísse seu rico dote entre os pobres.
O noivo rejeitado vingou-se, entregando Luzia como cristã ao procônsul. Este ameaçou Luzia de colocá-la no prostíbulo e sua resposta foi: "O corpo se contamina se a alma consente". Assim sendo, dezenas de soldados tentaram carregá-la, mas o corpo de Luzia pesava muito, nada conseguindo. Contam que enquanto estava presa, arrancaram-lhe os olhos, mas no dia seguinte estavam novamente perfeitos. Por este milagre é que ela é venerada como protetora dos olhos.
Santa Luzia, não querendo oferecer sacríficio ao deuses e nem quebrar o seu santo voto, foi decapitada em 303, para assim testemunhar com a vida - ou morte - o que disse: "Adoro a um só Deus verdadeiro, e a ele prometi amor e fidelidade".








Oração à Santa Luzia



Ó, Santa Luzia, que preferistes deixar que os vossos olhos fossem vazados e arrancados antes de negar a fé e conspurcar vossa alma; e Deus, com um milagre extraordinário, vos devolveu outros dois olhos sãos e perfeitos para recompensar vossa virtude e vossa fé, e vos constituiu protetora contra as doenças dos olhos, eu recorro a vós para que protejais minhas vistas e cureis a doença dos meus olhos.
Ó, Santa Luzia, conservai a luz dos meus olhos para que eu possa ver as belezas da criação. Conservai também os olhos de minha alma, a fé, pela qual posso conhecer o meu Deus, compreender os seus ensinamentos, reconhecer o seu amor para comigo e nunca errar o caminho que me conduzirá onde vós, Santa Luzia, vos encontrais, em companhia dos anjos e santuário.
Santa Luzia, protegei meus olhos e conservai minha fé. Amém.
Hino Oficial da Padroeira de Santa Luzia
Ó Virgem Santa Luzia, nossa querida padroeira, lá no céu onde estás és a nossa Medianeira.
A tua vida é para nós modelo nós queremos seguir o teu exemplo por tua virtude e grande amor a Ti nós dedicamos este templo.
Olha pra nós os filhos teus Ó Virgem Mártir que nos dás a luz Santa Luzia, Virgem Piedosa manda-nos sempre as bênçãos de Jesus.
Tua candura puro emblema de fé Virgem querida dá-nos tua proteção és nosso guia, nossa vida e esperança a ti ó Mártir, uma eterna devoção.


A todos a paz!!!

Evangelho de Domingo


A paz a todos!!!

A Igreja celebra nesse fim de semana o III Domingo do Advento, Domingo Gaudete ou da Alegria.

A, pois está próxima a vinda do Senhor, alegria pois apesar de a escalada da montanha ser dura, já podemos ver o topo.

Por isso, hoje a Igreja se veste de rósea, em substituição ao roxo, para revelar a alegria da vinda do Salvador que está bem próxima.


O Evangelho desse final de semana é escrito por Lucas 3, 10-18:



"Então o povo perguntava: - O que devemos fazer? Ele respondia: - Quem tiver duas túnicas dê uma a quem não tem nenhuma, e quem tiver comida reparta com quem não tem. Alguns cobradores de impostos também chegaram para serem batizados e perguntaram a João: - Mestre, o que devemos fazer? - Não cobrem mais do que a lei manda! - respondeu João. Alguns soldados também perguntavam: - E nós, o que devemos fazer? E João respondia: - Não tomem dinheiro de ninguém, nem pela força nem por meio de acusações falsas. E se contentem com o salário que recebem. As esperanças do povo começaram a aumentar, e eles pensavam que talvez João fosse o Messias. Mas João disse a todos: Eu batizo vocês com água, mas está chegando alguém que é mais importante do que eu, e não mereço a honra de desamarrar as correias das sandálias dele. Ele os batizará com o Espírito Santo e come fogo. Com a pá que tem na mão, ele vai separar o trigo da palha. Guardará o trigo no seu depósito, mas queimará a palha no fogo que nunca se apaga. João anunciava de muitas maneiras diferentes a boa notícia ao povo e apelava a eles para que mudassem de vida."


Reflexão:

Eu vos batizo com água, mas virá aquele que é mais forte do que eu.João Batista tem um destaque especial nas narrativas dos Evangelhos. Ele é situado no início do ministério de Jesus, e é a partir do encontro com João, recebendo seu batismo, que Jesus muda seu modo de viver: deixa sua família e transforma-se em um pregador itinerante. João, com o rito simbólico de seu batismo, conclamava o povo à conversão (metanóia), ou seja, uma mudança de vida, mudança de comportamento e de valores. Esse batismo significava um compromisso com a prática da justiça, através da qual o pecado é superado. Procurado pelas multidões, João lhes apresenta o essencial da nova prática a ser assumida a partir do compromisso do batismo: "Quem tiver duas túnicas, dê uma a quem não tem; e quem tiver comida, faça o mesmo". É o apelo à partilha e à solidariedade com os mais fracos e pobres. Este anúncio corresponde bem a uma das perspectivas dominantes de Lucas, que é a atenção à pobreza, procurando remover as relações pessoais e estruturais de exploração dos pobres. Diante de outros questionamentos particulares (publicanos, soldados), João conclamava para a renúncia à corrupção e à violência.Jesus assume o batismo e o anúncio de João à conversão. Porém, como portador do Espírito, revela que esta prática da justiça, da partilha e da fraternidade é o caminho para a comunhão de vida com o Pai, com Deus. O povo estava na expectativa de um líder poderoso libertador, o "ungido" (messias, do hebraico; cristo, do grego). João Batista dava a entender que seu batismo tinha um sentido novo que não correspondia a esta expectativa popular. A consistente pregação dele resultou na formação de um amplo discipulado. Vários destes discípulos, contudo, ficaram distantes do movimento de Jesus que se seguiu. A fim de atraí-los, os evangelistas, ao redigirem seus Evangelhos, insistem em afirmar a subalternidade de João a Jesus. Neste tempo do Advento, ao renovarmos a consciência da presença de Jesus entre nós, Filho de Deus encarnado e eterno, enchemo-nos de alegria. "O Senhor está a teu lado... apaixonado de amor por ti". "Alegrai-vos sempre no Senhor".



Um excelente final de semana a todos!!!

Nossa Senhora de Guadalupe, rogai por nós...


Hoje, dia 12 de dezembro celebramos o dia de Nossa Senhora de Guadalupe, a padroeira principal e Imperatriz da Amércia.

Sua origem está na aparição da Virgem Maria a um pobre índio da tribo Nahua do México, São Juan Diego Cuauhtlatoatzin, em Tepeyac, noroeste da Cidade do México, em 9, 10, 11 e 12 de Dezembro de 1531.
A Senhora do Céu apareceu a Juan Diego, identificou-se como a mãe do verdadeiro Deus, fez crescer flores numa colina semi-desértica em pleno inverno, as quais Juan Diego devia levar ao bispo, que exigira alguma prova de que efetivamente a Virgem havia aparecido. Juan foi instruído por ela a dizer ao bispo que construísse um santuário no lugar, e deixou sua própria imagem impressa milagrosamente em seu tilma, em um tecido de pouca qualidade (feito a partir do cacto), que deveria se deteriorar em 20 anos mas que não mostra sinais de deteriorização até ao presente (mais de 400 anos depois das aparições).
Em ampliações da face de Nossa senhora, os seus olhos, na imagem gravada, refleteo que estava à Sua frente em 1531 - Juan Diego, e o bispo. O assunto tem sido objeto de inúmeras investigações científicas. Em sua honra foi construída uma grande Basílica na cidade do México.


Bento XIV, comentando as aparições disse: "Deus não agiu assim em nenhuma outra nação."

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Imaculada


Artigo postado por Dom Benedicto de Ulhôa Vieira, bispo Emérito de Uberaba-MG no site da CNBB.


Este é o título glorioso e singular com que a Mãe de Deus – Maria – é invocada por todos os que se gloriam com o título de cristãos. Nenhuma criatura humana pode escolher sua própria mãe. Só Deus pôde fazer, pois desde toda a eternidade Maria estava no seu divino pensamento. No próprio momento da repreensão divina ao primeiro casal, que pecara por desobediência a Deus, a Bíblia já aponta a inimizade total da Mulher (que por certo não podia ser Eva) e o demônio, “Porei inimizade entre ti e a Mulher” (Gn 3,15).
No pensamento divino raiava então misericordiosamente a vinda do Redentor, nascido de uma Mulher, sobre a qual o demônio nenhum poder haveria de ter. Pode-se-lhe aplicar o belo texto do livro da Sabedoria (7, 25 a 29): “Mais radiosa que o sol (...) ” radiação esta pura glória de Deus”.
Por este privilégio de ser imaculada – portanto sem a mancha do pecado – é que o anjo a saudou como “cheia de graça”. São Lucas usa a expressão “kekaritomene” (Lc 1, 28). Foi o Papa Pio IX que definia em 1854 o dogma da conceição imaculada de Maria cuja festa já era de preceito desde 1708 por ordem do Papa Clemente XI.
A devoção à Imaculada foi propagada pelos franciscanos, graças à contribuição teológica anterior do beato Duns Escoto já no distante 1263. Desde esta longínqua data, a Igreja festeja a Mãe de Deus por ter sido enriquecida com o singular privilégio de não ter herdado a mancha do pecado original.
Daí, a beleza de Maria, “cheia de graça”. Os poetas sabem louvá-la em versos originais e cantantes, para enaltecer a riqueza dos dons singulares em que Deus a exornou.
Falecido arcebispo mineiro, louvando a beleza da alma de Maria, diz: “Tu és mais linda que as estrelas e as flores ... em ti mancha não há”. E outro vate, nascido cá na nossa diocese, louvando Nossa Senhora por ser a Mãe do Criador, pergunta: “Quem fez o lírio de tua alma, ó Pura, quem fez as rosas dos teus lábios, Santa?”
Contemplando na fé o rosto da Imaculada, cuja festa a Igreja celebra há séculos com alegre fervor, não podemos deixar de descobrir que há um “quê” do céu no seu semblante e uma beleza casta no seu olhar. É a Imaculada.


terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Os muçulmanos e Maria...

(Maria, José e o Menino Jesus fugindo para o Egito).


Hoje, lendo sobre a Imaculada Conceição, acabei por me deparar com um texto que fala da relação entre os muçulmanos e a sempre Virgem Maria.


Eles, a exemplo de nós católicos atestam a pureza e a divina missão que a Virgem teve no mundo.


Abaixo os títulos pelos quais Maria é conhecida no Islã:



Tahirah: significa "Aquela que foi purificada" (Alcorão 3, 42). De acordo com o Hadith (conjunto de Leis e história de Maomé), o diabo não tocou em Maria quando ela nasceu, portanto, ela não chorou (Nisai 4, 331).



Mustafia: significa "Ela, que foi escolhida". O Alcorão declara: "Ó Maria! Por certo Deus te escolheu e te purificou, e te escolheu sobre todas as outras mulheres dos mundos" (Alcorão 3, 42). Deus escolheu a Virgem Maria entre todas as mulheres do mundo para um plano divino.



Nur: Uma das passagens mais importantes, Maria foi chamada de Nur (Luz) e Umm Nur (a mãe da Luz). O verso da Luz, também contém os símbolos virginal do cristal, a estrela, a árvore abençoada de oliva e óleo, que segundo os muçulmanos, referem-se a pureza de Maria.





Que todos possamos aprender com eles a dar a Maria o devido respeito.





A todos a paz!!!

8 de dezembro: dia da Imaculada Conceição


Hoje a Igreja celebra um dos seus maiores dogmas: o da Imaculada Conceição.


A concepção da Virgem Maria sem mancha ("mácula" em latim) do pecado original. O dogma diz que, desde o primeiro instante de sua existência, a Virgem Maria foi preservada por Deus, da falta de graça santificante que aflige a humanidade, porque ela estava cheia da graça divina. Também professa que a Virgem Maria viveu uma vida completamente livre de pecado.
A festa da Imaculada Conceição, comemorada em 8 de dezembro, foi definida como uma festa universal em 1476 pelo Papa Sisto IV.

A Imaculada Conceição foi solenemente definida como dogma pelo Papa Pio IX na bula Ineffabilis Deus em 8 de Dezembro de 1854. O dogma é apoiado pela Bíblia (por exemplo, Maria sendo cumprimentada pelo Anjo Gabriel como "cheia de graça"), bem como pelos escritos dos Primeiros Padres de Igreja, como Irineu de Lyon e Ambrósio de Milão. Uma vez que Jesus tornou-se encarnado no ventre da Virgem Maria, era necessário que ela estivesse completamente livre de pecado para poder gerar seu Filho, o Filho de Deus.

Ao definir oficialmente a Imaculada Conceição como dogma, o Papa Pio IX recorreu principalmente para a afirmação de Gênesis 3, 15, onde Deus disse: "Eu Porei inimizade entre ti e a mulher, entre sua descendência e a dela", assim, segundo esta profecia, eranecessário uma mulher sem pecado, para dar a luz à Cristo, que reconciliaria o homem com Deus. O verso "Tu és toda formosa, meu amor, não há mancha em ti" (na Vulgata: "Tota pulchra es, amica mea, et macula non est in te"): Cântico dos Cânticos 4,7 também comprova a Imaculada Conceição. Em outros versos temos:
"Também farão uma arca de madeira incorruptível; o seu comprimento será de dois côvados e meio, e a sua largura de um côvado e meio, e de um côvado e meio a sua altura." (Êxodo 25, 10-11)
"Assim, fiz uma arca de madeira incorruptível, e alisei duas tábuas de pedra, como as primeiras; e subi ao monte com as duas tábuas na minha mão." (Deuteronômio 10, 3)
Outras traduções para a palavras incorruptível ("Setim" em hebraico) incluem "acácia", "indestrutível" e "duro" para descrever a madeira utilizada. Moisés usou essa madeira porque era considerada muito durável e "incorruptível". Maria é Arca da Nova da Aliança (Apocalipse 11, 19) e, portanto, a Nova Arca é igualmente "incorruptível" ou "imaculada".


O Dogma proclamado em 8 de Dezembro de 1854 por Pio IX diz:


Em honra da santa e indivisa Trindade, para decoro e ornamento da Virgem Mãe de Deus, para exaltação da fé católica, e para incremento da religião cristã, com a autoridade de Nosso Senhor Jesus Cristo, dos bem-aventurados Apóstolos Pedro e Paulo, e com a nossa, declaramos, pronunciamos e definimos a doutrina que sustenta que a beatíssima Virgem Maria, no primeiro instante de sua conceição, por singular graça e privilégio de Deus onipotente, em vista dos méritos de Jesus Cristo, Salvador do gênero humano, foi preservada imune de toda mancha de pecado original, essa doutrina foi revelada por Deus e, portanto, deve ser sólida e constantemente crida por todos os fiéis.


A Todos a paz!!!

NIHIL SINE DEO - Nada sem Deus.