quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Que venha 2010...


Mais um ano chega ao final.

2009 certamente deixará saudades para muitos. Para outros ele irá tarde.

Apesar dos pesares, considero que 2009 deixou um saldo positivo, foi de fato um excelente ano de vida que o Senhor Deus nos concedeu.

2010 promete em todos os sentidos: no próximo ano eu me mudo para o seminário Estigmatino de São José, em Goiânia-GO.

Também a qualidade das postagens e a diversidade dos temas tratados nesse blog certamente serão melhores que em 2009 (ano em que abri meu blog).

Enfim, 2010 será para todos um grande ano, é o que de coração desejo a todos (as).


Minha última postagem desse ano será um texto de Mario Quintana, que bem nos motivará a refletir, sobretudo nesse tempo em que comemoramos o Nascimento do Menino Deus.


Gostaria de aproveitar o clima de reflexão que todo final de ano trás a nós para refletirmos sobre nossas pequenas deficiências, que podem provocar grandes obstáculos durante todo um ano de vida, todo um ano de trabalho ...

“Deficiente” é aquele que não consegue modificar a sua vida, aceitando as imposições de outras pessoas ou da sociedade em que vive, sem ter consciência de que é dono do seu destino.

“Louco” é quem não procura ser feliz com o que possui.

“Cego” é aquele que não vê seu próximo morrer de frio, de fome, de miséria, e só tem olhos para seus míseros problemas e pequenas dores.

“Surdo” é aquele que não tem tempo de ouvir um desabafo de um amigo, ou o apelo de um irmão. Pois está sempre apressado para o trabalho e quer garantir seus tostões no fim do mês.

“Mudo” é aquele que não consegue falar o que sente e se esconde por trás da máscara da hipocrisia.

“Paralítico” é quem não consegue andar na direção daqueles que precisam de sua ajuda.

“Diabético” é quem não consegue ser doce.

“Anão” é quem não sabe deixar o amor crescer. E, finalmente, a pior das deficiências é ser miserável, pois:

“Miseráveis” são todos que não conseguem falar com Deus.

Mário Quintana (30/07/1906-05/05/1994) / Fernanda Antunes – Deficiências.


Que esse Natal seja abençoado em todos os sentidos.

Apesar das dificuldades e obstáculos da vida, saiba que Deus assumiu nossa condição humana, nasceu, viveu e morreu por nós, para nos salvar e para dizer que sempre estará conosco não importa por qual caminho andemos.

Lembre-se sempre que por maior que seja escuridão sempre haverá um lado em que brilhe a luz.



A todos muita paz, saúde, realizações e amor.

E que venha 2010!!!

sábado, 12 de dezembro de 2009

Santa Luzia, rogai por nós...


Santa Luzia - Protetora dos olhos e da visão


Santa Luzia pertencia a uma rica familia de Siracusa, na Itália, tendo recebido ótima formação cristã, ao ponto de Luzia ter feito um voto de viver virgindade perpétua. Com a morte do pai, Luzia soube que sua mãe a queria casada com um jovem de distinta família, porém pagão.
Nessa ocasião, sua mãe adoece gravemente e Luzia, que era devota de Santa Águeda, leva sua mãe à tumba da santa. Milagrosamente, sua mãe recupera a saúde e acaba concordando que a filha seguisse a vida que escolhera, consentindo também, que distribuísse seu rico dote entre os pobres.
O noivo rejeitado vingou-se, entregando Luzia como cristã ao procônsul. Este ameaçou Luzia de colocá-la no prostíbulo e sua resposta foi: "O corpo se contamina se a alma consente". Assim sendo, dezenas de soldados tentaram carregá-la, mas o corpo de Luzia pesava muito, nada conseguindo. Contam que enquanto estava presa, arrancaram-lhe os olhos, mas no dia seguinte estavam novamente perfeitos. Por este milagre é que ela é venerada como protetora dos olhos.
Santa Luzia, não querendo oferecer sacríficio ao deuses e nem quebrar o seu santo voto, foi decapitada em 303, para assim testemunhar com a vida - ou morte - o que disse: "Adoro a um só Deus verdadeiro, e a ele prometi amor e fidelidade".








Oração à Santa Luzia



Ó, Santa Luzia, que preferistes deixar que os vossos olhos fossem vazados e arrancados antes de negar a fé e conspurcar vossa alma; e Deus, com um milagre extraordinário, vos devolveu outros dois olhos sãos e perfeitos para recompensar vossa virtude e vossa fé, e vos constituiu protetora contra as doenças dos olhos, eu recorro a vós para que protejais minhas vistas e cureis a doença dos meus olhos.
Ó, Santa Luzia, conservai a luz dos meus olhos para que eu possa ver as belezas da criação. Conservai também os olhos de minha alma, a fé, pela qual posso conhecer o meu Deus, compreender os seus ensinamentos, reconhecer o seu amor para comigo e nunca errar o caminho que me conduzirá onde vós, Santa Luzia, vos encontrais, em companhia dos anjos e santuário.
Santa Luzia, protegei meus olhos e conservai minha fé. Amém.
Hino Oficial da Padroeira de Santa Luzia
Ó Virgem Santa Luzia, nossa querida padroeira, lá no céu onde estás és a nossa Medianeira.
A tua vida é para nós modelo nós queremos seguir o teu exemplo por tua virtude e grande amor a Ti nós dedicamos este templo.
Olha pra nós os filhos teus Ó Virgem Mártir que nos dás a luz Santa Luzia, Virgem Piedosa manda-nos sempre as bênçãos de Jesus.
Tua candura puro emblema de fé Virgem querida dá-nos tua proteção és nosso guia, nossa vida e esperança a ti ó Mártir, uma eterna devoção.


A todos a paz!!!

Evangelho de Domingo


A paz a todos!!!

A Igreja celebra nesse fim de semana o III Domingo do Advento, Domingo Gaudete ou da Alegria.

A, pois está próxima a vinda do Senhor, alegria pois apesar de a escalada da montanha ser dura, já podemos ver o topo.

Por isso, hoje a Igreja se veste de rósea, em substituição ao roxo, para revelar a alegria da vinda do Salvador que está bem próxima.


O Evangelho desse final de semana é escrito por Lucas 3, 10-18:



"Então o povo perguntava: - O que devemos fazer? Ele respondia: - Quem tiver duas túnicas dê uma a quem não tem nenhuma, e quem tiver comida reparta com quem não tem. Alguns cobradores de impostos também chegaram para serem batizados e perguntaram a João: - Mestre, o que devemos fazer? - Não cobrem mais do que a lei manda! - respondeu João. Alguns soldados também perguntavam: - E nós, o que devemos fazer? E João respondia: - Não tomem dinheiro de ninguém, nem pela força nem por meio de acusações falsas. E se contentem com o salário que recebem. As esperanças do povo começaram a aumentar, e eles pensavam que talvez João fosse o Messias. Mas João disse a todos: Eu batizo vocês com água, mas está chegando alguém que é mais importante do que eu, e não mereço a honra de desamarrar as correias das sandálias dele. Ele os batizará com o Espírito Santo e come fogo. Com a pá que tem na mão, ele vai separar o trigo da palha. Guardará o trigo no seu depósito, mas queimará a palha no fogo que nunca se apaga. João anunciava de muitas maneiras diferentes a boa notícia ao povo e apelava a eles para que mudassem de vida."


Reflexão:

Eu vos batizo com água, mas virá aquele que é mais forte do que eu.João Batista tem um destaque especial nas narrativas dos Evangelhos. Ele é situado no início do ministério de Jesus, e é a partir do encontro com João, recebendo seu batismo, que Jesus muda seu modo de viver: deixa sua família e transforma-se em um pregador itinerante. João, com o rito simbólico de seu batismo, conclamava o povo à conversão (metanóia), ou seja, uma mudança de vida, mudança de comportamento e de valores. Esse batismo significava um compromisso com a prática da justiça, através da qual o pecado é superado. Procurado pelas multidões, João lhes apresenta o essencial da nova prática a ser assumida a partir do compromisso do batismo: "Quem tiver duas túnicas, dê uma a quem não tem; e quem tiver comida, faça o mesmo". É o apelo à partilha e à solidariedade com os mais fracos e pobres. Este anúncio corresponde bem a uma das perspectivas dominantes de Lucas, que é a atenção à pobreza, procurando remover as relações pessoais e estruturais de exploração dos pobres. Diante de outros questionamentos particulares (publicanos, soldados), João conclamava para a renúncia à corrupção e à violência.Jesus assume o batismo e o anúncio de João à conversão. Porém, como portador do Espírito, revela que esta prática da justiça, da partilha e da fraternidade é o caminho para a comunhão de vida com o Pai, com Deus. O povo estava na expectativa de um líder poderoso libertador, o "ungido" (messias, do hebraico; cristo, do grego). João Batista dava a entender que seu batismo tinha um sentido novo que não correspondia a esta expectativa popular. A consistente pregação dele resultou na formação de um amplo discipulado. Vários destes discípulos, contudo, ficaram distantes do movimento de Jesus que se seguiu. A fim de atraí-los, os evangelistas, ao redigirem seus Evangelhos, insistem em afirmar a subalternidade de João a Jesus. Neste tempo do Advento, ao renovarmos a consciência da presença de Jesus entre nós, Filho de Deus encarnado e eterno, enchemo-nos de alegria. "O Senhor está a teu lado... apaixonado de amor por ti". "Alegrai-vos sempre no Senhor".



Um excelente final de semana a todos!!!

Nossa Senhora de Guadalupe, rogai por nós...


Hoje, dia 12 de dezembro celebramos o dia de Nossa Senhora de Guadalupe, a padroeira principal e Imperatriz da Amércia.

Sua origem está na aparição da Virgem Maria a um pobre índio da tribo Nahua do México, São Juan Diego Cuauhtlatoatzin, em Tepeyac, noroeste da Cidade do México, em 9, 10, 11 e 12 de Dezembro de 1531.
A Senhora do Céu apareceu a Juan Diego, identificou-se como a mãe do verdadeiro Deus, fez crescer flores numa colina semi-desértica em pleno inverno, as quais Juan Diego devia levar ao bispo, que exigira alguma prova de que efetivamente a Virgem havia aparecido. Juan foi instruído por ela a dizer ao bispo que construísse um santuário no lugar, e deixou sua própria imagem impressa milagrosamente em seu tilma, em um tecido de pouca qualidade (feito a partir do cacto), que deveria se deteriorar em 20 anos mas que não mostra sinais de deteriorização até ao presente (mais de 400 anos depois das aparições).
Em ampliações da face de Nossa senhora, os seus olhos, na imagem gravada, refleteo que estava à Sua frente em 1531 - Juan Diego, e o bispo. O assunto tem sido objeto de inúmeras investigações científicas. Em sua honra foi construída uma grande Basílica na cidade do México.


Bento XIV, comentando as aparições disse: "Deus não agiu assim em nenhuma outra nação."

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Imaculada


Artigo postado por Dom Benedicto de Ulhôa Vieira, bispo Emérito de Uberaba-MG no site da CNBB.


Este é o título glorioso e singular com que a Mãe de Deus – Maria – é invocada por todos os que se gloriam com o título de cristãos. Nenhuma criatura humana pode escolher sua própria mãe. Só Deus pôde fazer, pois desde toda a eternidade Maria estava no seu divino pensamento. No próprio momento da repreensão divina ao primeiro casal, que pecara por desobediência a Deus, a Bíblia já aponta a inimizade total da Mulher (que por certo não podia ser Eva) e o demônio, “Porei inimizade entre ti e a Mulher” (Gn 3,15).
No pensamento divino raiava então misericordiosamente a vinda do Redentor, nascido de uma Mulher, sobre a qual o demônio nenhum poder haveria de ter. Pode-se-lhe aplicar o belo texto do livro da Sabedoria (7, 25 a 29): “Mais radiosa que o sol (...) ” radiação esta pura glória de Deus”.
Por este privilégio de ser imaculada – portanto sem a mancha do pecado – é que o anjo a saudou como “cheia de graça”. São Lucas usa a expressão “kekaritomene” (Lc 1, 28). Foi o Papa Pio IX que definia em 1854 o dogma da conceição imaculada de Maria cuja festa já era de preceito desde 1708 por ordem do Papa Clemente XI.
A devoção à Imaculada foi propagada pelos franciscanos, graças à contribuição teológica anterior do beato Duns Escoto já no distante 1263. Desde esta longínqua data, a Igreja festeja a Mãe de Deus por ter sido enriquecida com o singular privilégio de não ter herdado a mancha do pecado original.
Daí, a beleza de Maria, “cheia de graça”. Os poetas sabem louvá-la em versos originais e cantantes, para enaltecer a riqueza dos dons singulares em que Deus a exornou.
Falecido arcebispo mineiro, louvando a beleza da alma de Maria, diz: “Tu és mais linda que as estrelas e as flores ... em ti mancha não há”. E outro vate, nascido cá na nossa diocese, louvando Nossa Senhora por ser a Mãe do Criador, pergunta: “Quem fez o lírio de tua alma, ó Pura, quem fez as rosas dos teus lábios, Santa?”
Contemplando na fé o rosto da Imaculada, cuja festa a Igreja celebra há séculos com alegre fervor, não podemos deixar de descobrir que há um “quê” do céu no seu semblante e uma beleza casta no seu olhar. É a Imaculada.


terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Os muçulmanos e Maria...

(Maria, José e o Menino Jesus fugindo para o Egito).


Hoje, lendo sobre a Imaculada Conceição, acabei por me deparar com um texto que fala da relação entre os muçulmanos e a sempre Virgem Maria.


Eles, a exemplo de nós católicos atestam a pureza e a divina missão que a Virgem teve no mundo.


Abaixo os títulos pelos quais Maria é conhecida no Islã:



Tahirah: significa "Aquela que foi purificada" (Alcorão 3, 42). De acordo com o Hadith (conjunto de Leis e história de Maomé), o diabo não tocou em Maria quando ela nasceu, portanto, ela não chorou (Nisai 4, 331).



Mustafia: significa "Ela, que foi escolhida". O Alcorão declara: "Ó Maria! Por certo Deus te escolheu e te purificou, e te escolheu sobre todas as outras mulheres dos mundos" (Alcorão 3, 42). Deus escolheu a Virgem Maria entre todas as mulheres do mundo para um plano divino.



Nur: Uma das passagens mais importantes, Maria foi chamada de Nur (Luz) e Umm Nur (a mãe da Luz). O verso da Luz, também contém os símbolos virginal do cristal, a estrela, a árvore abençoada de oliva e óleo, que segundo os muçulmanos, referem-se a pureza de Maria.





Que todos possamos aprender com eles a dar a Maria o devido respeito.





A todos a paz!!!

8 de dezembro: dia da Imaculada Conceição


Hoje a Igreja celebra um dos seus maiores dogmas: o da Imaculada Conceição.


A concepção da Virgem Maria sem mancha ("mácula" em latim) do pecado original. O dogma diz que, desde o primeiro instante de sua existência, a Virgem Maria foi preservada por Deus, da falta de graça santificante que aflige a humanidade, porque ela estava cheia da graça divina. Também professa que a Virgem Maria viveu uma vida completamente livre de pecado.
A festa da Imaculada Conceição, comemorada em 8 de dezembro, foi definida como uma festa universal em 1476 pelo Papa Sisto IV.

A Imaculada Conceição foi solenemente definida como dogma pelo Papa Pio IX na bula Ineffabilis Deus em 8 de Dezembro de 1854. O dogma é apoiado pela Bíblia (por exemplo, Maria sendo cumprimentada pelo Anjo Gabriel como "cheia de graça"), bem como pelos escritos dos Primeiros Padres de Igreja, como Irineu de Lyon e Ambrósio de Milão. Uma vez que Jesus tornou-se encarnado no ventre da Virgem Maria, era necessário que ela estivesse completamente livre de pecado para poder gerar seu Filho, o Filho de Deus.

Ao definir oficialmente a Imaculada Conceição como dogma, o Papa Pio IX recorreu principalmente para a afirmação de Gênesis 3, 15, onde Deus disse: "Eu Porei inimizade entre ti e a mulher, entre sua descendência e a dela", assim, segundo esta profecia, eranecessário uma mulher sem pecado, para dar a luz à Cristo, que reconciliaria o homem com Deus. O verso "Tu és toda formosa, meu amor, não há mancha em ti" (na Vulgata: "Tota pulchra es, amica mea, et macula non est in te"): Cântico dos Cânticos 4,7 também comprova a Imaculada Conceição. Em outros versos temos:
"Também farão uma arca de madeira incorruptível; o seu comprimento será de dois côvados e meio, e a sua largura de um côvado e meio, e de um côvado e meio a sua altura." (Êxodo 25, 10-11)
"Assim, fiz uma arca de madeira incorruptível, e alisei duas tábuas de pedra, como as primeiras; e subi ao monte com as duas tábuas na minha mão." (Deuteronômio 10, 3)
Outras traduções para a palavras incorruptível ("Setim" em hebraico) incluem "acácia", "indestrutível" e "duro" para descrever a madeira utilizada. Moisés usou essa madeira porque era considerada muito durável e "incorruptível". Maria é Arca da Nova da Aliança (Apocalipse 11, 19) e, portanto, a Nova Arca é igualmente "incorruptível" ou "imaculada".


O Dogma proclamado em 8 de Dezembro de 1854 por Pio IX diz:


Em honra da santa e indivisa Trindade, para decoro e ornamento da Virgem Mãe de Deus, para exaltação da fé católica, e para incremento da religião cristã, com a autoridade de Nosso Senhor Jesus Cristo, dos bem-aventurados Apóstolos Pedro e Paulo, e com a nossa, declaramos, pronunciamos e definimos a doutrina que sustenta que a beatíssima Virgem Maria, no primeiro instante de sua conceição, por singular graça e privilégio de Deus onipotente, em vista dos méritos de Jesus Cristo, Salvador do gênero humano, foi preservada imune de toda mancha de pecado original, essa doutrina foi revelada por Deus e, portanto, deve ser sólida e constantemente crida por todos os fiéis.


A Todos a paz!!!

NIHIL SINE DEO - Nada sem Deus.

sábado, 5 de dezembro de 2009

O Evangelho de Domingo


Preparai os Caminhos do Senhor...


Estamos na 2ª Semana do Advento, e iniciamos no último domingo (dia 29) o Ano Litúrgico C, dedicado às reflexões do Evangelho de São Lucas.


Nesse domingo meditaremos: Lucas 3,1-6.


"No décimo quinto ano do reinado do imperador Tibério, quando Pôncio Pilatos era governador da Judeia, Herodes tetrarca da Galileia, seu irmão Filipe tetrarca da região da Itureia e Traconítide e Lisânias tetrarca de Abilene, no pontificado de Anás e Caifás, foi dirigida a palavra de Deus a João, filho de Zacarias, no deserto. E ele percorreu toda a zona do rio Jordão, pregando um baptismo de penitência para a remissão dos pecados, como está escrito no livro dos oráculos do profeta Isaías: «Uma voz clama no deserto: ‘Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas. Sejam alterados todos os vales e abatidos os montes e as colinas; endireitem-se os caminhos tortuosos e aplanem-se as veredas escarpadas; e toda a criatura verá a salvação de Deus’». "



Reflexão:

Lucas, como compete a alguém que “tudo investigou cuidadosamente desde a origem” (Lc 1,3), começa por situar o quadro de João Batista num determinado enquadramento histórico. Nomeia 7 personagens (desde o imperador Tibério César, até ao sumo sacerdote Caifás), num esforço de situar no tempo os acontecimentos da salvação (estaremos aí pelos anos 27/28). Ele sugere, assim, que esta aventura do Deus que vem ao encontro dos homens para lhes apresentar um projecto de salvação e de felicidade não é uma lenda, perdida nas brumas do tempo e da memória dos homens… Mas é uma história concreta, com acontecimentos concretos, que podem ser ligados a um determinado momento histórico e a uma terra concreta.
Num segundo momento, Lucas apresenta a figura de João Batista. Ele é “uma voz que grita no deserto” e que convida a preparar os caminhos do coração para que Jesus, o Messias de Deus, possa ir ao encontro de cada homem. Lucas começa por sugerir que a missão profética de João lhe é confiada por Deus: o chamamento de João é apresentado com as mesmas palavras do chamamento de Jeremias (cf. Jer. 1,1, no texto grego), para marcar o carácter profético do seu anúncio. Depois, Lucas situa num espaço geográfico a atividade profética de João: ele prega em “toda a zona do rio Jordão” (Mateus e Marcos, situam-no no deserto)… Trata-se de uma região bastante povoada, sobretudo depois das construções de Herodes e de Arquelau: o anúncio profético de João destina-se aos homens, que são convidados a acolher o Messias que está para fazer a sua aparição no mundo. Finalmente, concretiza-se o âmbito da missão: João “proclama um batismo de conversão (”baptisma metanoias”), para a remissão dos pecados”… A palavra “metanoias” sugere uma revolução total da mentalidade que leva a uma transformação total da forma de pensar e de agir… Para acolher o Messias que está para chegar, é necessário um processo de conversão, as prioridades, os valores; só nos corações verdadeiramente transformados, o Messias encontrará lugar.
O Evangelho de hoje conclui-se com uma citação tomada de Isaías (cf. Is 40,3-5), onde serve para anunciar aos exilados na Babilónia a libertação e o regresso a casa, num novo e triunfal êxodo. Lucas sugere, desta forma, que está para chegar a libertação: é necessário, no entanto, que os destinatários do projeto libertador de Deus aceitem percorrer esse caminho, se deixem transformar e acolham “a salvação de Deus”.
Um excelente domingo a todos!!!
Créditos: (Site Presbíteros, disponível em: http://www.presbiteros.com.br/index.php/ii-domingo-do-advento-ano-c/)

Esperar o Senhor com alegria...


Artigo de dom Nelson Westrupp Bispo de Santo André - SP, publicado no site da CNBB:
“Alegrai-vos sempre no Senhor! Repito, alegrai-vos!” (Fl 4, 4). Eis o convite a ressoar no coração de quem ainda acredita no sentido cristão do Natal. O fundamento desta alegria, contudo, não consiste somente na situação em que vivemos, mas, sobretudo, no fato de que o Senhor está para chegar e de que a nossa libertação está próxima.
Preparar-se bem para o Natal de Jesus significa ir ao Seu encontro, carregado de boas obras. Ao chegar, Jesus quer encontrar nossos corações íntegros e santos, diante de Deus, nosso Pai (cf. 1 Ts 3, 13). Fica, portanto, o convite a progredirmos cada vez mais no modo de proceder para agradar a Deus. Não há Natal verdadeiro sem uma vida cristã autêntica. A graça salvadora de Deus ensina-nos a renunciar à impiedade e às paixões mundanas e a viver neste mundo com ponderação, justiça e piedade (cf. Tt 2, 11-12).
Vivamos santamente o Advento. Ele educa o olhar do coração a estar vigilante na oração, esperando com alegria a vinda gloriosa do Senhor Jesus. Intensifiquemos nosso relacionamento íntimo com Ele, tornando nossa relação com o próximo afável e fraterna, pois a bondade e a ternura são sinais da presença de Deus.
A cada Natal, há sempre menos espaço no coração das pessoas para Cristo nascer. Parece que a presença amável do Menino-Deus perturba e atrapalha o “bem-estar” egoísta e individualista de um número crescente de gente fechada em si mesma. Não permitamos que o sentido cristão do Natal dê lugar a buscas vazias de felicidade para o coração humano. Por isso, queremos ir ao encontro do Senhor que vem, abandonando tudo o que obstaculiza Cristo nascer onde Ele ainda não nasceu no ser e no agir de cada pessoa.
O verdadeiro cristão é precursor de Cristo, é transparência viva a quem quer ver Jesus, caminho por onde Ele quer chegar a todos. Acolhamos nosso Salvador na fé, encarnando-O em nosso jeito de ser e de amar. Queremos celebrar o aniversário de Jesus com Ele, permitindo a Maria e José renovarem a experiência de Belém em nossa própria casa e no seio de nossa família.
Desejo que o Natal de cada diocesana e de cada diocesano aconteça num oásis de ternura, acolhimento, bondade, misericórdia, amor e paz.
A todas e a todos um Natal repleto de alegria e santidade, com meu abraço amigo e uma especial bênção.
A todos a paz!!!

Ele se fez pobre para nos enriquecer...


Estamos no Advento do Senhor, tempo de nos preparar para a vinda do Senhor Jesus.
É um tempo que nos chama à conversão, à caridade e à oração.
A Igreja se veste nesse tempo de roxo (por isso mudei as cores do blog), em sinal de penitência e de espectativa pela vinda do Menino Jesus.
Nesse Tempo forte, a Igreja no Brasil realiza a Campanha para a Evangelização.
Nesse ano o tema é "Ele se fez pobre para nos enriquecer."
Nos dias 12 e 13 de dezembro será realizada a Coleta para a Evangelização, em todas as Igrejas do país. Sua colabração ajudará a levar o Evangelho para todos os cantos do páis.
Segue o que diz a CNBB sobre os Objetivos da Campanha para a Evangelização:

Objetivo
Todos os anos, a Igreja no Brasil realiza a Campanha para a Evangelização, que acontece no tempo do advento, para atingir estes objetivos e, assim, procura despertar na consciência de todos os seus membros, a responsabilidade diante da missão evangelizadora para que todos venham a participar ativamente desta missão.
Este ano, a Campanha para a Evangelização tem como tema: Ele se fez pobre para nos enriquecer. Este tema foi escolhido para dar unidade ao ano litúrgico de 2010, que abordará a questão da economia tanto na Campanha para a Evangelização, que acontece no tempo do advento, como na Campanha da Fraternidade, que acontece no tempo da quaresma, e na Campanha Missionária, que acontece em outubro, durante o tempo comum.

Rezemos para que a Campanha para a Evangelização produza bons frutos:
Oração
Senhor Jesus Cristo,
que vos fizestes pobre para nos enriquecer,
concedei-nos que, a Vosso exemplo,
possamos contribuir na nossa pobreza
para que as riquezas do Vosso Evangelho
possam chegar a todas as pessoas.
Vós que sois Deus com o Pai na unidade do Espírito Santo.
Amém.

A todos a paz!!!

São Nicolau de Mira, o verdadeiro símbolo do Natal.


Estamos chegando no Natal, tempo de lembrarmos o nascimento de Cristo, de reunir a família, de celebrar a vida e fazer nossos pedidos e compromissos para o ano que virá. Contudo, nos últimos anos o Natal se tornou símbolo de algo que nada tem de cristão: de consumismo. E em boa medida, devemos isso a uma figura que nunca falta no Natal consumista: o Papai Noel.
Reza a lenda que esse personagem é inspirado em um grande santo, venerado pela Igreja Católica e pela Igreja Ortodoxa: São Nicolau de Mira, padroeiro da Rússia, da Grécia e da Noruega.


É aceito que São Nicolau, bispo de Mira, seja proveniente de Petara na Ásia Menor (Turquia), onde teria nascido na segunda metade do século III, e falecido no dia 6 de dezembro de 342.
Sob o império de Diocleciano, Nicolau foi encarcerado por recusar-se a negar sua fé em Jesus Cristo.
A ele foram atribuídos vários milagres, sendo daí proveniente sua popularidade em toda a Europa e sua designação como protetor dos marinheiros e comerciantes, santo casamenteiro e, principalmente, amigo das crianças. De São Nicolau, bispo de Mira (Lícia) no século IV, temos um grande número de relatos e histórias, mas é difícil distinguir as autênticas das abundantes lendas que germinaram sobre este santo muito popular, cuja imagem foi tardiamente relacionada e transformada no ícone do Natal, Papai Noel no Brasil um velhinho corado de barba branca, trazendo nas costas um saco cheio de presentes.
É tido como acolhedor com os pobres e principalmente com as crianças carentes, o primeiro santo da igreja a se preocupar com a educação e a moral tanto das crianças como de suas mães.

A Igreja Ortodoxa lhe honra com a celebração litúrgica do último domingo do ano no calendário juliano. Os ritos copta e bizantino lhe dedicam grande relevo e a celebração de sua vida pastoral tem grande destaque. O calendário romano celebra o seu dia como sendo a 6 de dezembro.
De acordo com a história, São Nicolau vendeu todas a ssuas riquezas para ajudar os necessitados, sobretudo as crianças.
Apesar de de ele ter vivido no Século III da Era Cristã, o Papai Noel (Santa Claus em inglês) só nasceria tal qual conhecemos (com renas, roupas vermelhas, saco de brinquedos, chaminés e tudo o mais) na década de 1930 nos Estados Unidos e de lá seria exportado para todo o mundo.
Que nesse Natal, possamos viver mais o espírito de São Nicolau, cuja festa será celebrada para nós latinos nesse 6 de dezembro, e deixemos de lado essa história de Papai Noel.
A todos a paz!!!

When You Believe


Um dos melhores filmes bíblicos que vi sem dúvidas foi "O Príncipe do Egito", uma animação da DreamsWorks.
No filme, minha música preferida (uma das melhores que ouvi) é When You Believe, que rendeu ao filme o Oscar de melhor de melhor canção original.

A Música é de composição de Mariah Carey, e é interpretada por ela e por Whitney Houston.

Veja a letra (em inglês, segue tradução e ao final um vídeo tirado do YouTube):
WHEN YOU BELIEVE.

Whitney:
Many nights we prayed, with no proof anyone could hear
In our hearts a hopeful song, we barely understood
Now we are not afraid, although we know there's much to fear
We were moving mountains long, before we knew we could

Chorus:
There can be miracles, when you believe
Though hope is frail, It's hard to kill
Who knows what miracles, you can achieve
When you believe, somehow you will
You will when you believe

Mariah:
In this time of fear, when prayer so often proves in vain
Hope seems like the summer birds, too swiftly flown away
Yet now I'm standing here, my heart so full I can't explain
Seeking faith and speaking words, I'd never thought I'd say

Chorus:
There can be miracles, When you believe (When you believe)
Though hope is frail, It's hard to kill
Who knows what miracles, You can achieve (You can achieve)
When you believe, somehow you will
You will when you believe

Bridge: (Both)
They don't always happen when you ask
And it's easy to give in to your fear
But when you're blinded by your pain
Can't see you way clear through the rain
A small but still resilient voice
Says help is very near

Chorus: (Both)
There can be miracles (miracles)
When you believe (When you believe)
Though hope is frail
It's hard to kill
Who knows what miracles
You can achieve (You can achieve)
When you believe
Somehow you will
Somehow you will
You will when you believe
You will when you, you will when you believe
Just believe, just believe
You will when you believe.


Tradução:
Quando você crê

Por muitas noites rezamos
Sem provas que alguém poderia ouvir
Em nossos corações uma canção de esperança
Que mal entendemos.

Agora não estamos com medo
Embora saibamos que há muito o que temer
Nós movemos montanhas
Antes mesmo de saber que podíamos.
(oh, sim)
(Refrão:)
Milagres podem acontecer quando se crê
Embora a esperança seja frágil, é difícil de destruir
Quem sabe que milagres você pode alcançar
Quando se crê, de alguma maneira você alcançará
Você alcançará, quando você acreditar

Neste tempo de medo
Quando a oração se prova frequentemente em vão
A esperança se parece com os pássaros de verão
Que rapidamente se vão.

Agora eu estou parado aqui
Meu coração está tão cheio, que não posso explicar
Procurando fé e falando palavras
Que eu nunca pensei que diria

Refrão

Eles nem sempre acontecem quando você pede
E é fácil ceder a seus medos
Mas quando se está cego pela dor
Não se pode ver o caminho através da chuva
Uma voz distante, porém presente, e traquila
Diz que o amor está muito perto

Refrão

Você alcançará quando acreditar
Apenas acredite.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Conheça um pouco mais da Congregação Estigmatina.


Vocação:
"Colaboração e Empenho da Igreja" São Gaspar Bertoni

Se você sente em seu coração um chamado ao serviço total e incondicional ao Reino, vivendo em santidade com alegriae expontaneidade, venha despertar, discernir, cultivar e ser acompanhado para amadurecer este desejo de seu coração.


A Congregação dos Estigmatinos é formada por Religiosos - Padres e Irmãos. Eles existem na Igreja para serem missionários apostólicos a serviço dos bispos, como pregadores da Palavra de Deus, junto à juventude, às comunidades eclesiáis e às escolas.

Centro Estigmatino de Pastoral - CEP Secretariado Vocacional Rua Itamariti, nº 72 - Bairro Piratininga CEP: 31.573-370 - Belo Horizonte - MGTelefax: 31 3496 9597 e-mail: pastoralvocacional@estigmatinos.org.br
Mande um e-mail aqui


(Mais informações em:http://www.provinciasaojose.org.br/)

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

A Sabedoria Divina


Esse texto é retirado da Bíblia, e me acredito que seja um dos mais belos deste grande livro:

Sabedoria 7, 22 – 8, 1"A Sabedoria é o esplendor da luz eterna, espelho puríssimo da actividade de Deus."



Na Sabedoria há um espírito inteligente, santo, único, multiforme, subtil, veloz, perspicaz, sem mancha; um espírito lúcido, inalterável, amigo do bem; penetrante, irreprimível, benfazejo, amigo dos homens; firme, seguro, sereno; ele tudo pode, tudo abrange e penetra todos os espíritos, os mais inteligentes, mais puros e mais sutis.

A Sabedoria é mais ágil que todo o movimento, atravessa e penetra tudo, graças à sua pureza. Ela é um sopro do poder de Deus, emanação pura da glória do Omnipotente; por isso nenhuma impureza a pode atingir.

Ela é o esplendor da luz eterna, espelho puríssimo da actividade de Deus, imagem da sua bondade. Sendo única, ela tudo pode e, imutável em si mesma, tudo renova.

Ela comunica-se de geração em geração pelas almas santas e forma os amigos de Deus e os profetas, pois Deus só ama quem habita com a Sabedoria.

Ela é mais formosa do que o sol e supera todas as constelações.

Comparada com a luz, aparece mais excelente, porque à luz sucede a noite, mas a maldade nada pode contra a Sabedoria.

Estende o seu vigor dum extremo ao outro da terra e tudo governa com harmonia.



A todos a paz, e um excelente final de semana.

O Evangelho de Domingo: Jesus Cristo, Rei do Universo



Chegamos ao fim de mais um ano litúrgio.. No domingo do dia 06/12/2009 entraremos no Ano "C", o ano do Evangelista São Lucas. Também no dia 06/12 inciaremos a caminhada do Advento, em preparação ao Natal do Senhor.




Estamos no XXXIV Domingo do Tempo Comum:


Evangelho (Mc 13, 24-32)


Naquele tempo,disse Jesus aos seus discípulos:


"Naqueles dias, depois de uma grande aflição,o sol escurecerá e a lua não dará a sua claridade;as estrelas cairão do céue as forças que há nos céus serão abaladas.


Então, hão-de ver o Filho do homem vir sobre as nuvens,com grande poder e glória.


Ele mandará os Anjos, para reunir os seus eleitos dos quatro pontos cardeais, da extremidade da terra à extremidade do céu.


Aprendei a parábola da figueira: quando os seus ramos ficam tenros e brotam as folhas,sabeis que o Verão está próximo.


Assim também, quando virdes acontecer estas coisas,sabei que o Filho do homem está perto, está mesmo à porta.


Em verdade vos digo: Não passará esta geração sem que tudo isto aconteça.


Passará o céu e a terra,mas as minhas palavras não passarão.


Quanto a esse dia e a essa hora, ninguém os conhece: nem os Anjos do Céu, nem o Filho;só o Pai".






Reflexão (por Frei Floriano Surian, ofm)


Estamos no fim do ano litúrgico ou da Igreja.
A liturgia deste domingo nos propõe uma reflexão sobre o fim do mundo e do homem. Jesus aparecerá em toda a sua glória. A certeza desta vinda de Jesus glorioso deve ser consolo e apoio para superar as dificuldades presentes.
Ao deixar este mundo, a criatura que creu no Senhor Jesus vê o Cristo abrir a porta da eternidade e vir-lhe ao encontro na plenitude da divindade e da misericórdia.
O fim do mundo acontece para cada um na hora da morte. Para quem morre tudo o que significava poder, posses, honrarias e glórias neste mundo, perde seu valor. É o distanciamento total dos bens temporais. Jesus ensina aos seus discípulos e a nós também, como viver os acontecimentos do nosso dia a dia, na perspectiva de sua vinda gloriosa no fim dos tempos, na hora de nossa morte.
Diz Jesus: “Aprendei, pois, a parábola da figueira. Quando o seu ramo se torna tenro e as folhas começam a brotar, sabeis que o verão está próximo. Da mesma forma, também vós, quando virdes estas coisas acontecerem, sabei que Ele está próximo, às portas” (v.28-29).
Importa estar atento e vigilante, preparado para o Dia do Senhor. A vigilante perseverança do cristão é todo um programa de vida.
Afirma Jesus: “Passará o céu e a terra. Minhas palavras, porém, não passarão” (v. 31). E adverte: “Atenção, e vigiai, pois não sabeis quando será o momento” (v. 33).
Deus é o Senhor do Tempo, da Hora e da História. A vinda de Deus ao mundo, em Jesus Cristo, constitúi o evento decisivo que inaugurou a História da Salvação. Ele é o princípio e o Fim. Nele reside tudo o que espera o Homem, seja no fim do mundo, seja no término da vida mortal do Homem.
Cristo Ressuscitado desvela ao Homem a realidade que o espera. “O dia e a hora só Deus - o Pai - o sabe” (v. 32). A realidade, a manifestação plena da glória de Jesus na Parusia, ou no fim dos tempos, está muito além do que a nossa mente é capaz de imaginar: “O que os olhos não viram, os ouvidos não ouviram e o coração do homem não percebeu, isso Deus preparou para aqueles que o amam” (1Cor 2,9).
Tentar descrever o que está por vir destruiria a nossa esperança cristã, reduziria ao nível do nosso horizonte, meramente mundano, o que vai além de toda imaginação.
* Pai amado, “criaste-me para ti e inquieto está o meu coração enquanto não repousar em ti” (Sto. Agostinho).

AMÉM. ASSIM SEJA.


NIHIL SINE DEO - Nada sem Deus.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Dedicação das Basílicas de São Pedro e São Paulo


Hoje, celebramos a Dedicação das Basílicas de São Pedro e de São Paulo de Fora dos Muros.
Conheçamos um pouco da história dessas duas importantes igrejas:



A Basílica de São Pedro


A Basílica Constantina


Fachada da Basílica Constantina


O Imperador Constantino entre 326 e 333 d.C. ordenou a construção da "Antiga" Basilica de São Pedro, sobre o templo simples dedicado ao apóstolo, desta basílica nada restou atualmente, porém ela pode ser quase totalmente reconstruída por descobertas arqueológicas, descrições de peregrinos e desenhos antigos. Como em quase todas as igrejas da antiguidade, seguiu-se o modelo da basilica cívica romana: um salão retangular, dividido em nave central e naves laterais, que oferecia espaço bastante para a congregação dos fiéis.

A basílica atual, com estrutura renascentista e barroca, foi erguida sobre a antiga, o que exigiu que o edifício fosse orientado para oeste, mas também que a necrópole antiga fosse aterrada, sendo construídas muralhas de suporte para criar uma enorme base que servisse como alicerce. Na plataforma, construiu-se então a basílica, com nave central e quatro naves laterais, ricamente adornada com afrescos e mosaicos e um grande átrio dianteiro com colunas. Muitas vezes alterado e restaurado, o edifício de Constantino, conhecido como velha igreja de São Pedro, sobreviveu até o início do século XVI.


A Basílica do século XVI


Vista Noturna da Basílica


No pontificado de Júlio II (1503 a 1513) decidiu-se afinal derrubar a igreja velha e em 18 de abril de 1506 Bramante recebeu o encargo de desenhar a nova basílica. Seus planos eram de um edifício centralmente planificado, com um domo colocado sobre o centro de uma cruz grega (com braços de idêntico tamanho), forma que correspondia aos ideais da Renascença por copiar a de um mausoléu da antiguidade.
Uma sucessão de papas e arquitetos nos 120 anos seguintes participariam da construção que culminou no edifício atual. Iniciada por Júlio II, continuando nos pontificados de Leão X (1513-1521), Adriano VI (1522-1523), Clemente VII (1523-1534), Paulo III (1534-1549), Júlio III (1550-1555), Marcelo II (1555), Paulo IV (1555-1559), Pio IV (1559-1565), São Pio V (1565-1572), Gregório XIII (1572-1585), Sixto V (1585-1590), Urbano VII (1590), Gregório XIV (1590-1591), Inocêncio IX (1591), Clemente VIII (1592-1605), Leão XI (1605), Paulo V (1605-1621), Gregório XV (1621-1623), Urbano VIII (1623-1644) e Inocêncio X (1644-1655).




Praça de São Pedro



Vista da Praça de São Pedro


Localizada a leste da Basílica de São Pedro, a Piazza di San Pietro foi construído pelo próprio Bernini entre 1656 e 1667. Bernini concluiu a fachada atual da basílica que situa-se diretamente a frente da praça. No centro da praça, Domenico Fontana ergueu o Obelisco do Vaticano que data do século I d.C.

A Basílica de São Pedro é a que em Roma representa o Patriarcado de Constantinopla (atual Istambul). Escavações realizadas na década de 1950 comprovaram que nela se encontra o túmulo do primeiro Papa da Igreja: São Pedro.


A Basílica de São Paulo de Fora dos Muros


Vista da Basílica de São Paulo de Fora dos Muros

Localização

A Basílica de São Paulo de Fora dos Muros localiza-se ao longo da Via Ostiense, próximo à margem esquerda do Tibre e a aproximadamente 2 km da Muralha Aureliana, saindo pela Porta São Paulo, resultando o nome: fuori le mura (fora do muros, extramuros).
No local onde foi erguida a basílica, reza a tradição, é onde o apóstolo Paulo, ao qual é dedicada a igreja, foi sepultado e o túmulo do santo se encontra debaixo do altar maior. Por esta razão houve, ao longo dos séculos, um grande movimento de peregrinação.
A construção que tem 131,66 m de comprimento, largura 65 m e altura 29,70 m, é imponente e representa pela grandeza a segunda dentre as quatro basílicas patriarcais de Roma. A atual basílica é uma reconstrução do século XVIII da antiga basílica paleocristã do tempo de Constantino.


Túmulo de São Paulo


Estátua de São Paulo


Desde 2002 foram efectuadas escavações arqueológicas na basílica que em 2006 encontraram um túmulo de baixo do altar-mor da basílica.
O túmulo - que já em 390 se acreditava ser de São Paulo - tem inscrita a frase "Paulo Apostol o Mart" (Paulo, apóstolo mártir), apresenta uma abertura e foi encontrado entre os dois templos que foram construídos um sobre o outro.
A sepultura do apóstolo deverá ser exposta na Basílica. O Papa Bento XVI autorizou o estudo científico do achado. Apesar de não ter sido aberto, foi feito um pequeno orifício e as investigações feitas com recurso a uma microcâmara, que recolheu várias partículas e fragmentos, confirmam que tratar-se de um túmulo datado dos séculos I e II.
O exame do carbono 14 a fragmentos de osso confirmou que se trata de uma pessoa que viveu entre o século I e II, tendo o papa referido que "isso parece confirmar a tradição unânime e incontestável de que se trata dos restos mortais do Apóstolo Paulo".


Vista Frontal da Basílica


A Basílica de São Paulo de Fora dos Muros é a segunda maior igreja de Roma, só perdendo para a Basílica de São Pedro. Ela é a que representa o Patriarcado de Alexandria em Roma.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Ser obediente a Deus:


Recebi essa história e resolvi postá-la:


Eram aproximadamente 22:00 horas quando um jovem começou a se dirigir para casa. Sentado no seu carro, ele começou a pedir: - 'Deus! Se ainda falas com as pessoas, fale comigo. Eu irei ouvi-lo. Farei tudo para obdecê-lo'.

Enquanto dirigia pela rua principal da cidade, ele teve um pensamento muito estranho: - 'Pare e compre um galão de leite'.

Ele balançou a cabeça e falou alto: - 'Deus? É o Senhor?'.

Ele não obteve resposta e continuou dirigindo-se para casa. Porém, novamente, surgiu o pensamento: - 'Compre um galão de leite'.

'Muito bem, Deus! No caso de ser o Senhor, eu comprarei o leite'. Isso não parece ser um teste de obediência muito difícil...Ele poderia também usar o leite.

O jovem parou, comprou o leite e reiniciou o caminho de casa. Quando ele passava pela sétima rua, novamente ele sentiu um pedido: - 'Vire naquela rua'. Isso é loucura... - pensou e, passou direto pelo retorno.

Novamente ele sentiu que deveria ter virado na sétima rua.. No retorno seguinte, ele virou e dirigiu-se pela sétima rua. Meio brincalão ele falou alto - 'Muito bem, Deus. Eu farei'. Ele passou por algumas quadras quando de repente sentiu que devia parar. Ele brecou e olhou em volta. Era uma área mista de comércio e residência.

Não era a melhor área, mas também não era a pior da vizinhança. Os estabelecimentos estavam fechados e a maioria das casas estavam escuras, como se as pessoas já tivessem ido dormir, exceto uma do outro lado que estava acesa.

Novamente, ele sentiu algo: - 'Vá e dê o leite para as pessoas que estão naquela casa do outro lado da rua'. O jovem olhou a casa. Ele começou a abrir a porta mas voltou a sentar-se. -' Senhor, isso é loucura.

Como posso ir para uma casa estranha no meio da noite?'. Mais uma vez, ele sentiu que deveria ir e dar o leite. Finalmente,ele abriu a porta... - ' Muito Bem, Deus, se é o Senhor, eu irei e entregarei o leite àquelas pessoas.

Se o Senhor quer que eu pareça uma pessoa louca, muito bem. Eu quero ser obediente. Acho que isso vai contar para alguma coisa, contudo, se eles não responderem imediatamente, eu vou embora daqui'.

Ele atravessou a rua e tocou a campainha. Ele pôde ouvir um barulho vindo de dentro, parecido com o choro de uma criança. A voz de um homem soou alto: - 'Quem está aí? O que você quer?' A porta abriu-se antes que o jovem pudesse fugir.

Em pé, estava um homem vestido de jeans e camiseta.

Ele tinha um olhar estranho e não parecia feliz em ver um desconhecido em pe na sua soleira. - 'O que é?'. O jovem entregou-lhe o galão de leite. - 'Comprei isto para vocês'.

O homem pegou o leite e correu para dentro falando alto.

Depois, uma mulher passou pelo corredor carregando o leite e foi para a cozinha. O homem a seguia segurando nos braços uma criança que chorava.

Lágrimas corriam pela face do homem e, ele começou a falar, meio soluçando: - 'Nós rezamos... Tínhamos muitas contas para pagar este mês e o nosso dinheiro havia acabado. Não tínhamos mais leite para o nosso bebê. Apenas rezei e pedi a Deus que me mostrasse uma maneira de conseguir leite.

Sua esposa gritou lá da cozinha: - 'Pedi a Deus para mandar um anjo com um pouco de leite... Você é um anjo?'

O jovem pegou a sua carteira e tirou todo dinheiro que havia nela e colocou-o na mão do homem.. Ele voltou-se e foi para o carro, enquanto as lágrimas corriam pela sua face...

Ele teve certeza que Deus ainda responde aos verdadeiros pedidos.



Deus também te chama para ser um anjo para as outras pessoas.

sábado, 14 de novembro de 2009

O evangelho do Domingo



Nesse domingo, a Igreja celebra o 33º Domingo do Tempo Comum (o penúltimo do ano litúrgico "B"). Continuamos meditando os textos de São Marcos. O deste domingo se encontra em: Marcos 13, 24-32.


Vamos ao Evangelho:


Naquele tempo, Jesus disse a seus discípulos: "Naqueles dias, depois da grande tribulação, o sol vai escurecer, e a lua não brilhará mais, as estrelas começarão a cair do céu e as forças do céu serão abaladas. Então vereis o Filho do Homem vindo nas nuvens com grande poder de glória. Ele enviará os anjos aos quatro cantos da terra e reunirá os eleitos de Deus, de uma extremidade à outra da terra.Aprendei, pois, da figueira esta parábola: quando seus ramos ficam verdes e as folhas começam a brotar, sabeis que o verão está perto. Assim também, quando virdes acontecer essas coisas, ficai sabendo que o Filho do Homem está próximo, às portas.Em verdade vos digo, esta geração não passará até que tudo isto aconteça. O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não passarão. Quanto àquele dia e hora, ninguém sabe, nem os anjos do céu, nem o Filho, mas somente o Pai".



Reflexão do Evangelho

O texto de domingo nos apresenta diversas dificuldades de interpretação, pois está saturado com conceitos apocalípticos, referências veladas à possíveis eventos históricos, e referências tiradas de escritos do tempo do Antigo Testamento, muitas das quais desconhecidas para nós. Porém, a sua mensagem central fica clara – o triunfo final do Filho do Homem, mandando por Deus para estabelecer o seu Reino. A linguagem vetero-testamentário de sinais cósmicos, a figura do Filho do Homem e a reunião dos eleitos de Deus são unidas num contexto novo, em que a vinda escatalógica de Jesus como Filho do Homem se torna o evento central. A sua vinda gloriosa no fim dos tempos servirá como prova da vitória de Deus – e a expectativa desta chegada serve como base da vigilância paciente que é recomendada aos discípulos ao longo de todo o Discurso Escatalógico de Marcos.


Os sinais cósmicos que antecederão o fim fazem referência a textos do Antigo Testamento: Is 13, 10, Ez 32,7; Am 8,9; Jl 2,10.31; 3,1`5; Is 34,4; Ag 2,6.21; Mas em nenhum lugar no Antigo Testamento se referem à vinda do Filho do Homem – é uma novidade do evangelho. A lista desses sinais é uma maneira de dizer que toda a citação assinalará a sua vinda final. A descrição da chegada do Filho do Homem, rodeado das nuvens, é tirada do livro de Daniel 7,13, mas aqui se refere claramente a Jesus e não à figura angélica “em forma humana” do livro apocalíptico de Daniel. A ação de Jesus em reunir os eleitos é o oposto de Zc 2,10. Este reunir-se dos eleitos do seu povo por parte de Deus se encontra em Dt 30,4; Is 11,11.16; 27,12. Ez 39,7 etc. – mas nunca no Antigo Testamento é o Filho do Homem que faz esse trabalho.


A segunda parte do texto consiste numa parábola (vv. 28-29), um ditado sobre a hora do fim (v 30), sobre a autoridade de Jesus ( v. 31) e de novo sobre a hora (v 32). Nem sempre fica claro a que se refere – o que se fala sobre essas coisas” acontecerem “nessa geração” tem como contrabalanço o v. 32 que diz que somente Deus sabe a hora exata. A parábola sobre os sinais claros da chegada do fim (vv. 28-29) tem em contraposição a parábola da vigilância constante (vv. 33-37). Mas continua clara a mensagem básica – a vitória final do projeto de Deus, concretizada através de Jesus, o Filho do Homem. Mas a certeza dessa vitória não dispensa a atitude de vigilância constante por parte dos discípulos, para que não se desviem do caminho.


Pode parecer confuso o nosso texto – e para nós hoje, duma certa forma o é. Mas, inserido no contexto do Discurso Escatalógico (referente aos tempos finais) do Evangelho, nos traz uma mensagem de esperança e uma advertência. A esperança nasce do fato de que a vitoria de Deus é garantida – um elemento fundamental em todo apocaliptismo. A advertência está na necessidade de vigilância constante, para que não percamos a hora do Filho. Num mundo de desesperança e falta de ânimo por parte de muitos, o texto convida nós, os discípulos, à uma atitude positiva que nos leva a um engajamento maior em prol da construção do Reino entre nós. Mas também nos desafia para que estejamos sempre vigilantes para não sermos cooptados pela sociedade vigente, opressora e consumista, que muitas vezes se baseia em princípios contrários aos do Reino de Deus. As palavras de Jesus têm um valor permanente, para que possamos julgar as diversas propostas de vida que o mundo nos apresenta. “O céu a terra passarão, mas as minhas palavras não passarão”.
Pe. Tomaz Hughes - SVD

As massas excluídas do Magnificat



Enquanto as massas pobres e oprimidas clamam por justiça, as massas excluídas clamam por vida. Estas pessoas apresentam três traços que desafiam nossa profissão de fé em Jesus Cristo.




Em primeiro lugar, as pessoas que se sentem rejeitadas e nãoqueridas. Por isso sofrem com tal sentimento. Em segundo lugar, essas pessoas não gostam de soluções violentas, apressadas; não participam de manifestações em praças públicas, onde se expõe a verdade nua e crua como ela é. Finalmente, as pessoas excluídas encontram na religião a melhor solução. Para elas, Deus não é mistério, é evidência; não é enigma, é luz. São pessoas carregadas de paciência histórica; cobertas de confiança na justiça imanente da vida; sonhadoras, porque esperam o dia em que "lavarão sua alma" de todas as tribulações; e aguardam a manifestação plena da vida com sentido de Vida plena. Maria, com seu canto e com sua poesia, entra de cheio na vida dessas pessoas quando proclama: As pessoas humildes são exaltadas! Elas não ousam diante dos desafios, nem arriscam diante do perigo de perder a parada, pois elas têm consciência de que, no enfrentamento de forças, perdem e saem apanhando como sempre. "A corda arrebenta do lado mais fraco". São exaltadas porque detêm o segredo da vida, que não está em mãos humanas, mas pertence a Deus, Senhor da vida.



IR. LINA BOFF (Revista de Aparecida de Novembro).

sábado, 7 de novembro de 2009

O Evangelho de Domingo


Amanhã a Igreja medita o 32º Domingo do Tempo Comum.
Como estamos no ano B, meditamos o Evangelho de São Marcos.
A passagem do Evangelho que a Igreja nos propõem está em Marcos 12,38-44.
Segue o trecho do Evangelho que iremos meditar amanhã:


Naquele tempo, Jesus dizia, no seu ensinamento a uma
grande multidão: “Tomai cuidado com os doutores da
Lei! Eles gostam de andar com roupas vistosas, de ser
cumprimentados nas praças públicas; gostam das
primeiras cadeiras nas sinagogas e dos melhores lugares
nos banquetes. Eles devoram as casas das viúvas,
fingindo fazer longas orações. Por isso, eles receberão a
pior condenação”. Jesus estava sentando no Templo,
diante do cofre das esmolas, e observava como a
multidão depositava suas moedas no cofre. Muitos ricos
depositavam grandes quantias. Então chegou uma pobre
viúva que deu duas pequenas moedas, que não valiam
quase nada. Jesus chamou os discípulos e disse: “Em
verdade vos digo, esta pobre viúva deu mais do que todos
os outros que ofereceram esmolas. Todos deram do que
tinham de sobra, enquanto ela, na sua pobreza, ofereceu
tudo aquilo que possuía para viver”.




Meditemos esse texto:
A mesma temática da 1ª leitura é desdobrada no Evangelho, quando Jesus enfatiza a generosidade de quem é pobre, seu senso de partilha e sua disponibilidade para ajudar. Jesus acentua que os ricos deram do que lhes sobrava, ao passo que a viúva deu tudo o que tinha. Aquela mulher não conhecera Jesus nem ouvira seus ensinamentos. Não o tinha acompanhado nem seguido durante três anos como acontecera com os apóstolos e com várias mulheres. Isto vale para todos aqueles que, embora sem conhecer o Evangelho, vivem o Reino de Deus. Por isso não podemos nem devemos ser preconceituosos com aqueles que não frequentam a igreja nem julgá-los desfavoravelmente por isso. Finalmente será que nos será possível imitar aquela viúva que doou tudo o que tinha? E nossa família como fica? Cada um de nós deve trabalhar com dignidade para sustentar a própria família, mas deve proceder de forma a sentir-se responsável também pela vida dos outros, necessitados de nossa ajuda. Quantas vezes, sob pretexto de nos preocuparmos com o sustento da família, escondemos nosso egoísmo não?


Para revisão de vida:
Por acaso, estou enriquecendo à custa de oprimir os outros? Por exemplo, pago minha empregada com salário justo, assino sua carteira de trabalho e pago seu INSS? Se tenho empregados, trato-os com humanidade ou como escravos? Antes de celebrar a missa e comungar o Corpo do Senhor, reconcilio-me com aqueles a quem ofendi? Sob pretexto de sustentar primeiro os meus, fecho meu coração à miséria em torno de mim?

Reflexão elaborada por Adelino Dias Coelho (disponível em:

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

O Estado é laico? Graças a Deus! É laicista? Deus nos livre!



A distinção é importante para as relações do Estado com a Religião. Laicidade é o princípio da autonomia da esfera secular frente à esfera religiosa. No arranjo social o Estado é laico. Ou seja, não é confessional, não adota nenhuma religião e protege todas. Respeita a liberdade de crença. Assegura o livre exercício público do culto e o espaço social de suas atividades caritativas.


Já o laicismo subverte o princípio da laicidade. É uma posição ideológica do materialismo. Tem preconceito contra a presença e influência dos valores religiosos nas leis, na cultura, nos problemas morais e éticos da política, da economia e da ciência. Exclui a visão de fé cristã sobre o homem, a história, o mundo, a vida. No Brasil o Estado laico mantém relações indispensáveis com o espírito religioso (cristão) que presidiu sua origem, sua formação histórico-cultural e as aspirações religiosas dominantes da sua população. Estado laico não é estado ateu ou pagão. O povo não é ‘laico’.


Na proclamação da Repúblicao Brasil deixou de ser oficialmente católico. Isso não significou ruptura e negação dos valores cristãos inerentes à sua História, subsistentes na consciência individual e coletiva do povo.


Pe. Clayton Sant'Anna, C.Ss.R.
Revista de Aparecida

Novembro de 2009.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Campanha dos Devotos de Nossa Senhora Aparecida...


Acolher bem também é evangelizar.



Participe desta Obra de Amor!!!

A Campanha dos Devotos é a principal responsável pela manutenção das Obras de melhoria no Santuário Nacional, além de manter os vários projetos sociais e de comunicação mantidos pelo Santuário.
Sua colaboração sempre será espontânea (você doa o que puder), e em retribuição, todos os meses em sua casa virá a Revista de Aparecida trazendo informações sobre como vão as Obras do Santuário; formação, notícias da Igreja, reflexõs diárias sobre o Evangelho do dia e muito mais.
Além disso seu nome e o de sua família serão inscritos perpetuamente no livro dos devotos, que fica sob o altar da Basília Menor do Santuário de Aparecida.


Campanha dos Devotos: uma família que reza e realiza.

Mais informações no site:http://www.santuarionacional.com/v2/index.php?T=Histórico-e-Missão&S=17&C=211

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

O Brasão da Congregação dos Estigmatinos


O Brasão Estigmatino


O Azul do alto significa a Fé, cuja Força a Congregação pretende atingir para levar seus membros à Santidade.

As Cinco estrelas em cruz representam os Sagrados Estigmas de Nosso Senhor Jesus Cristo (Estigmatinos).

O Vermelho da parte inferior significa a Caridade, com a qual os Estigmatinos, educadores e missionários, se propõem dominar os corações e conquistar o próximo para Cristo.

Os Dois Lírios naturais, unidos pelo lema da Congregação "Euntes Docete" (Ide, Ensinai) representam os Santos Esposos Maria e José, Patronos da Congregação.

A faixa prateada que divide o escudo significa a Concórdia que, pela Inocência da vida e pela Pureza das intenções, dará aos filhos de Bertoni a Alegria da Vitória.

O escudo é cercado por ramos de oliveira, símbolo da Paz que os membros da Congregação se esforçam por incutir nas consciências, nas famílias, na sociedade.


(Nota: O idealizador e primeiro autor do Brasão, aprovado por um insigne membro da Consultadoria heráldica de Roma é o Prof. Pe. José Trecca de Verona. Mais tarde foi um pouco modificado por um dos nossos ex-alunos do Colégio de Udine, o Prof. Carlos Someda de Marco).

4 de Novembro: 193º Aniversário de Fundação da Congregação dos Sagrados Estigmas de Nosso Senhor Jesus Cristo

(Igreja, Casa Madre e Escola dos Estigmas)

Hoje, 04 de Novembro de 2009 celebra-se o 193º aniversário de fundação da Congregação dos Sagrados Estigmas de Nosso Senhor Jesus Cristo.



Vejamos um breve histórico da Congregação:

No dia 4 de novembro de 1816 Pe. Gaspar Bertoni entrou com dois companheiros no conjunto dos Estigmas, em Verona, Itália, prédio que lhe fora destinado a servir de escola. E, além de escola, foi também o berço da congregação que ele estava fundando.




Oração: Ó Pai, que suscitastes na Igreja famílias religiosas a fim de que a diversidade dos carismas revelasse a riqueza dos vossos dons; assisti nossa Congregação para que, fiel ao espírito do Fundador, coopere com entusiasmo na edificação do Vosso Reino. Por Cristo, nosso Senhor. Amém.

sábado, 31 de outubro de 2009

A história do Dia de Finados


Aos que desejam conhecer um pouco da história do dia de Finados seguem algumas informações:



O Dia dos Fiéis Defuntos, Dia dos Mortos ou Dia de Finados é celebrado pela Igreja Católica no dia 02 de Novembro, logo depois do dia de Todos os Santos.
Desde o século II, alguns cristãos rezavam pelos falecidos, visitando os túmulos dos mártires para rezar pelos que morreram. No século V, a Igreja dedicava um dia do ano para rezar por todos os mortos, pelos quais ninguém rezava e dos quais ninguém lembrava. Também o abade de Cluny, santo Odilo, em 998 pedia aos monges que orassem pelos mortos. Desde o século XI os Papas Silvestre II, Joaão XVII e Leão IX pedem à comunidade para dedicar um dia aos mortos. No século XIII esse dia anual passa a ser comemorado em 2 de novembro, porque 1 de novembro de é a Festa de Todos os Santos. A doutrina católica evoca algumas passagens bíblicas para fundamentar sua posição (cf. Tobias 12,12; Jó 1,18-20; Mt 12,32 e II Macabeus 12,43-46), e se apóia em uma prática de quase dois mil anos.


A todos a paz!!!
NIHIL SINE DEO - Nada sem Deus.

A Vida dos justos está nas mãos de Deus...


Esse é o refrão de um canto usado na missa dos Fiéis Finados.

"A Vida dos Justos está nas mãos de Deus, nenhum tormento os atingirá [...]"


No dia de Finados, não queremos reviver a tristeza pela ausência de nossos finados, queremos sim celebrar a vida: a Vida Eterna em e com Deus.

Esse pode até ser um dia de saudades, mas não pode e não deve ser dia de tristeza. Ao contrário deve ser dia de alegria: alegria pois a morte foi derrotada por Cristo Jesus, e nós homens e mulheres partilhamos o mesmo destino dEle: a vida Eterna com Deus.


Nesse dia, mas que simplesmente ir ao Cemitério rezar pelos seus, saiba que Deus nos ama e que quem nEle crê ainda que morra, viverá para sempre.



Celebremos nesse dia a Vida, não a morte.


A todos a paz e um bom feriado.
NIHIL SINE DEO - Nada sem Deus.

Todos os santos e santas de Deus... Rogai por nós.


Um pouco da história desta Solenidade:

A Igreja no Brasil celebra no dia 01/11 o dia de todos os Santos.

Esta tradição de recordar (fazer memória) os santos está na origem da composição do calendário litírgico, em que constavam inicialmente as datas de aniversário da morte dos cristãos martirizados como testemunho pela sua fé, realizando-se nelas orações, missas e vigílias, habitualmente no mesmo local ou nas imediações de onde foram mortos, como acontecia em redor do Coliseu Romano. Posteriormente tornou-se habitual erigirem-se igrejas e basílicas dedicadas em sua memória nesses mesmos locais.
O desenvolvimento da celebração conjunta de vários mártires, no mesmo dia e lugar, deveu-se ao facto frequente do martírio de grupos inteiros de cristãos e também devido ao intercâmbio e partilha das festividades entre as dioceses/eparquias por onde tinham passado e se tornaram conhecidos. A partir da perseguição de Dicocleciano o número de mártires era tão grande que se tornou impossível designar um dia do ano separado para cada um. O primeiro registo (Século IV) de um dia comum para a celebração de todos eles aconteceu em Antioquia, no domingo seguinte ao de Pentecostes, tradição que se mantém nas igrejas orientais.

No Catecismo da Igreja temos:

Parágrado 957. A comunhão com os santos. «Não é só por causa do seu exemplo que veneramos a memória dos bem-aventurados, mas ainda mais para que a união de toda a Igreja no Espírito aumente com o exercício da caridade fraterna. Pois, assim como a comunhão cristã entre os cristãos ainda peregrinos nos aproxima mais de Cristo, assim também a comunhão com os santos nos une a Cristo, de quem procedem, como de fonte e Cabeça, toda a graça e a própria vida do Povo de Deus» .

"A Cristo, nós O adoramos, porque Ele é o Filho de Deus;
quanto aos mártires, nós os amamos como a discípulos e imitadores do Senhor;
e isso é justo, por causa da sua devoção incomparável para com o seu Rei e Mestre.
Assim nós possamos também ser seus companheiros e condiscípulos!"


Parágrafo 1173. Quando a Igreja, no ciclo anual, faz memória dos mártires e dos outros santos, proclama o mistério pascal realizado naqueles homens e mulheres que "sofreram com Cristo e com Ele foram glorificados, propõe aos fiéis os seus exemplos, que a todos atraem ao Pai por Cristo, e implora, pelos seus méritos, os benefícios de Deus".
Parágrafo 2013. Os cristãos, de qualquer estado ou ordem, são chamados à plenitude da vida cristã e à perfeição da caridade . Todos são chamados à santidade: "Sede perfeitos, como o vosso Pai celeste é perfeito" (Mt 5, 48):
"Para alcançar esta perfeição, empreguem os fiéis as forças recebidas segundo a medida em que Cristo as dá, a fim de que [...] obedecendo em tudo à vontade do Pai, se consagrem com toda a alma à glória do Senhor e ao serviço do próximo. Assim crescerá em frutos abundantes a santidade do povo de Deus, como patentemente se manifesta na história da Igreja, com a vida de tantos santos."





Celebrar a Solenidade de Todos os Santos é lembrar nossa primeira vocação: Vocação à Vida Santa.
O objetivo do santo é tornar-se semelhante a Deus.
Não no poder, na glória, mas sim no amor, na humildade, na compaixão; no cultivo das virtudes.
O santo não é aquele que nunca errou, aquele que nunca caiu. Santo são todos aqueles que mesmo caindo tem coragem de se levantar.
Ora, se nós cairmos um milhão de vezes, Deus nos levantará um milhão e uma, porque fomos criados para a perfeição.
Esse é o Santo: aquele que vive pensando nas coisas do alto, sem esquecer de seus semelhantes.

Ser Santo: eis o nosso grande desafio para os dias de hoje.

A todos a paz!!!
NIHIL SINE DEO - Nada sem Deus.